domingo, 9 de junho de 2013

Resumão: Continente Europeu (parte 2.)...

Línguas
As línguas europeias pertencem principalmente a três grupos de Línguas indo-europeias: as línguas românicas, derivadas da língua latina do Império Romano, as línguas germânicas, cujos ancestrais vieram de língua do sul da Escandinávia, e as línguas eslavas.91 Apesar de ter a maioria de seu vocabulário descendente de línguas românicas, o idioma Inglês é classificado como uma língua germânica.
As línguas românicas são faladas principalmente no sudoeste da Europa, bem como na Roménia e na Moldávia. As línguas germânicas são faladas no noroeste da Europa e algumas partes da Europa Central. As línguas eslavas são faladas na Europa Central, Oriental e sudeste da Europa.

Muitas outras línguas fora dos três grupos principais grupos existem na Europa. Outras línguas indo-europeias incluem o grupo do Báltico (ie, Letã e Lituana), o grupo Céltico (ie, Irlandês, Gaélico Escocês, Manês, Galês, Córnico e Bretão),91 Grego, Albanês, e Arménio. Um grupo diferente de línguas urálicas são o Estónio, Finlandês e Húngaro, falado nos respetivos/respectivos países, bem como em partes da Roménia, Rússia, Sérvia e Eslováquia.

Outras línguas não indo-europeias são o maltês (a única língua oficial semita da UE), o Basco, Geórgio, Azerbaijão, Turco no leste da Trácia Oriental e as línguas das nações minoritárias na Rússia.
O multilinguismo e a proteção das línguas regionais e minoritárias são objetivos políticos reconhecidos na Europa de hoje. A Convenção para a Protecção das Minorias Nacionais e a Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias do Conselho da Europa estabelecem um quadro jurídico para os direitos linguísticos na Europa.

Política

União Européia.
Uma união constituída por mais de uma dezena de países, que fazem transações comerciais utilizando uma moeda única - Euro - e cujos interesses são representados por instituições comuns. Essa nova Europa começou a ganhar corpo em dezembro de 1991, quando os 12 países-membros da União Europeia concluíram o Tratado de Maastricht, que objetivava a união política, económica/econômica e monetária dos participantes, sem fechar espaço para novas adesões.

Através desse acordo, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal e Reino Unido iniciaram a caminhada da integração europeia. Áustria, Finlândia e Suécia são uns dos mais novos membros e vários outros países já entraram com seu pedido de adesão.

A reunião na cidade neerlandensa de Maastricht - que, em dezembro de 1991, consolidou a formação da União Europeia - representou um capítulo de várias etapas, cujas iniciativas pioneiras surgiram logo após a Segunda Guerra Mundial.

BENELUX (België/Belgique, Nederland e Luxembourg) - Países-membros: Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo.

Foi a primeira organização (1948) e tornou-se modelo e estímulo para as demais. Visava ao desenvolvimento econômico dos três países-membros e à ampliação do comércio entre eles.
CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço) - Países-membros: os integrantes do BENELUX e mais Alemanha, Dinamarca, França, Reino Unido e Itália.

Primeira entidade que, já em 1951, reunia vencedores e vencidos da Segunda Guerra Mundial, a CECA tinha como objetivo principais a livre circulação de ferro, carvão, aço e outros minerais no interior da comunidade. Através da redução dos gastos com transportes e das tarifas alfandegárias, facilitava-se o escoamento daqueles produtos, essenciais à industrialização.

AELC (Associação Europeia de Livre Comércio) - Países-membros: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça (países da Europa Ocidental).

Criada em 1960, a AELC objetivava a eliminação de tarifas internacionais sobre produtoss industrializados e negociação de acordos bilaterais sobre produtos agrícolas. Era prevista a unificação da AELC com a União Europeia a partir de 1995, mas a Islândia, a Noruega e a Suíça decidiram ficar de fora. A união dos dois blocos receberia o nome de Espaço Econômico Europeu ou Área Econômica Europeia.

A Comunidade Económica Europeia (CEE) ou Mercado Comum Europeu (MCE) foi o embrião da atual União Europeia (UE). Seus países membros são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia.
Quando de sua formação, em 1957, a entidade era constituída apenas por Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Em 1973, ingressaram a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido; em 1981, a Grécia, e em 1986, Espanha e Portugal. Em 1995, a chamada Europa dos Doze cresceu ainda mais, ganhando a adesão de Áustria, Finlândia e Suécia.

A partir de 1994, os países-membros da Comunidade Económica Europeia, que adotou então o nome de União Europeia, se integrariam para formar um mercado único, em que seriam abolidos os sistemas alfandegários e as diferentes taxas de impostos, além das restrições ao comércio, serviços e à circulação de capitais. Isso significaria, entre outras coisas, que os habitantes da União Europeia teriam trânsito livre em todos os países-membros, inclusive para trabalho; os impostos seriam aos poucos unificados e haveria livre acesso às mercadorias e serviços de todos os países-membros dentro da comunidade.

Desde 1995, para facilitar a circulação de pessoas por alguns países da União Europeia, entrou em vigor um acordo entre Portugal, Espanha, França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo e Alemanha para eliminar as barreiras alfandegárias e a obrigação da apresentação do passaporte entre esses países. Essa área recebeu o nome de Espaço Schengen, tirado da cidade luxemburguesa onde o acordo foi assinado.

No sentido da integração económica/econômica, outro passo importante seria a utilização de uma moeda comum. O ECU (European Currency Unity ou Unidade Monetária Europeia) circula, desde 1993, como padrão em operações financeiras e, apesar da discordância de alguns membros, pretendeu-se que, gradualmente, ele fosse adotado nas operações cotidianas até 1999, quando o Euro entrou em vigor como moeda escritural e como moeda oficial desde 2002.

Todos os países que integram a União Europeia apresentam economia desenvolvida, ainda que existam diferenças extraordinárias entre eles, como entre Irlanda e Alemanha, por exemplo, ou Grécia e Dinamarca. A meta, no entanto, é reduzir esses contrastes, tornando a comunidade cada vez mais homogénea/homógena/homogênea.

Apesar das metas em comum, há divergências entre os países-membros da União Europeia e são frequentes os atritos e necessários os ajustes para garantir a execução de tais metas. O ano de 1994 foi de provas para a integridade da União Europeia, já que ocorreram, nos países, plebiscitos para ratificar seus objetivos e confirmar ou não a adesão à União. Na Dinamarca e no Reino Unido, as opiniões estavam muito divididas, mas o apoio à comunidade prevaleceu. Na Noruega, entretanto, sua população decidiu não ingressar na União Europeia, apesar da solicitação de adesão feita anteriormente.

Outras organizações.
Os países europeus ocidentais estão vinculados a importantes organizações que agregam países de outros continentes, como a OTAN e a OECD.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), criada em 1949, tem caráter militar. Além de países europeus, inclui outros dois banhados pelo oceano Atlântico Norte: Canadá e Estados Unidos. Seu objetivo fundamental é a cooperação militar e a defesa de seus membros, no caso de agressâo internacional.
Com o fim da Guerra Fria, o papel da OTAN tem estado em segundo plano. A aliança assumiu um caráter preponderantemente político em 1990, desenvolvendo o papel de resolver crises localizadas. Vários países do Leste Europeu solicitaram o ingresso à OTAN.

A OECD (Organization for Economic Cooperation and Development ou Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) foi estabelecida em 1961 para promover bem-estar econômico e social entre seus membros e harmonizar a qualidade de vida nos países em desenvolvimento. Além de 18 países europeus, engloba também Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Regiões.
De acordo com os pontos de vista espacial e económico, podemos dividir o continente em: Europa Ocidental, Europa Setentrional, Europa Centro-Oriental e Europa Meridional. Sendo:
Europa Ocidental: região que abrange alguns dos chamados países atlânticos, ou seja, banhados pelo oceano Atlântico (Reino Unido, Irlanda e França); os que mantêm relação direta com o Atlântico através do mar do Norte: Países Baixos, Bélgica e Alemanha; e os países sem saída para o mar, mas que estão direta ou indiretamente vinculados ao Ocidente (Áustria, Suíça, Luxemburgo e Liechtenstein).
Europa Setentrional: região que engloba a Noruega e a Suécia, localizadas na península Escandinava, além da Finlândia, Islândia e Dinamarca; abrange também a Estônia, Letônia e Lituânia, que a partir de 1990 se tornaram independentes da então União Soviética. A inclusão desses países na região justifica-se por motivos económicos e pela sua proximidade étnica e cultural com os finlandeses.

Europa Centro-Oriental: É formada pelo conjunto dos antigos países socialistas do Leste - Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Roménia, Bulgária, Albânia, Sérvia, Montenegro, Kosovo, Eslovénia, Croácia, Bósnia e Herzegovina e Macedónia - e pelas repúblicas que constituíam a antiga União Soviética, em sua parte europeia: Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia, Geórgia, Arménia, Azerbaijão e Rússia Europeia.

Europa Meridional: região que, também chamada de mediterrânea, compreende os países situados no sul do continente, quase todos banhados pelo mar Mediterrâneo: Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Turquia europeia, além de vários micro-estados - Vaticano, San Marino, Mónaco, Malta e Andorra.

Economia.
Como um continente, a economia da Europa é atualmente a maior do planeta e é a região mais rica como medido por ativos sob gestão, com mais de 32,7 trilhões de dólares em relação ao 27,1 trilhões de dólares da América do Norte. Tal como acontece com outros continentes, a Europa tem uma grande variação da riqueza entre os seus países. Os países mais ricos tendem a estar no Ocidente, enquanto algumas das economias do Leste ainda estão emergindo do colapso da União Soviética e da Iugoslávia.
A União Europeia, um organismo intergovernamental composto por 27 estados europeus, compreende o maior espaço económico/econômico único no mundo. Atualmente, para 16 países da UE, o euro é a moeda comum. Cinco países europeus classificam-se entre as dez maiores economias nacionais do mundo por PIB (PPC). Isso inclui (classifcação de acordo com a CIA): Alemanha (5), Reino Unido (6), Rússia (7), França (8) e Itália (10).

Pré-1945: crescimento industrial
O capitalismo tem sido dominante no mundo ocidental desde o fim do feudalismo.102 Da Grã-Bretanha, que gradualmente se espalhou pela Europa.103 A Revolução Industrial começou na Europa, mais concretamente ao Reino Unido no final do século XVIII,104 e no século XIX impulsionou a industrialização da Europa ocidental. Economias foram interrompidas pela Primeira Guerra Mundial, mas até o início da Segunda Guerra Mundial já tinham se recuperado e estavam tendo que competir com a crescente força económica dos Estados Unidos. A Segunda Guerra Mundial, novamente, danificados muito as indústrias europeias. 

1945-1990: A Guerra Fria
Após a Segunda Guerra Mundial, a economia do Reino Unido estava em estado de ruína,105 e continuou a sofrer um relativo declínio econômico nas décadas seguintes.106 A Itália também estava em má condição económica/econômica, mas recuperou um elevado nível de crescimento na década de 1950. A Alemanha Ocidental recuperou-se rapidamente e dobrou a produção de níveis pré-guerra na década de 1950.107 A França também organizou um retorno notável a um crescimento rápido e a modernização e, mais tarde a Espanha, sob a liderança de Franco, também recuperou-se, e a nação obteve um enorme crescimento econômico sem precedentes no início da década de 1960, em que é chamado de milagre espanhol.108 A maioria dos estados da Europa Oriental ficou sob o controle da URSS e, portanto, eram membros do Conselho para Assistência Econômica Mútua (COMECON).

Os estados que mantiveram um sistema de livre mercado foram agraciados com uma grande quantidade de ajuda dos Estados Unidos ao abrigo do Plano Marshall. Os Estados ocidentais mudaram para ligar as suas economias em conjunto, fornecendo a base para a UE e o aumento do comércio transfronteiriço. Isso ajudou-os a desfrutar de uma rápida melhora de suas economias, enquanto os estados da COMECON estavam lutando em grande parte devido ao custo da Guerra Fria. Até 1990, a Comunidade Europeia foi ampliado de 6 para 12 membros fundadores. A ênfase na ressurreição da economia da Alemanha Ocidental levou a ultrapassagem do Reino Unido como a maior economia da Europa.
1991-2007: O crescimento da UE
Com a queda do comunismo na Europa Oriental, em 1991, os estados do Leste tiveram de se adaptar a um sistema de mercado livre. Havia vários graus de sucesso com os países centro-europeus, como Polónia, Hungria e Eslovénia, que se adaptaram razoavelmente rápido, enquanto estados do Leste como a Ucrânia e a Rússia, estão levando muito mais tempo. A Europa Ocidental ajudou a Europa Oriental, formando laços económicos/econômicos.

Após o Leste e o Oeste da Alemanha se reunirem em 1990, a economia da Alemanha Ocidental, apoiou a reconstrução da infra-estrutura da Alemanha Oriental. A Jugoslávia mostrou um atraso maior, sendo devastada pela guerra e em 2003 ainda havia muitas tropas de paz da e da OTAN no Kosovo, na República da Macedónia, na Bósnia e Herzegovina, sendo apenas a Eslovénia que conseguiu fazer algum progresso real.

Na mudança do milênio, a União Europeia dominou a economia da Europa, que inclui os cinco maiores economias europeias da época a Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha. Em 1999, 12 dos 15 membros da UE aderiram à zona do euro substituindo suas antigas moedas nacionais pelo euro comum. Os três que optaram por permanecer fora da zona euro, foram: Reino Unido, Dinamarca e Suécia.
2008-2009: Recessão

A zona do euro entrou em sua primeira recessão oficial no terceiro trimestre de 2008, os números oficiais confirmados em janeiro de 2009. A crise econômica do final dos anos 2000, que teve início nos Estados Unidos, propagou-se de forma rápida para a Europa e afetou grande parte da região. A taxa de desemprego oficial nos 16 países que usam o euro subiu para 9,5% em maio de 2009.113 Os jovens trabalhadores da Europa têm sido especialmente atingidos. No primeiro trimestre de 2009, a taxa de desemprego na UE-27 para pessoas entre 15-24 anos foi de 18,3%.

Cultura.
A cultura europeia pode ser melhor descrita como uma série de culturas sobrepostas e que envolve questões de Ocidente contra Oriente e Cristianismo contra Islã. Existem várias linhas de ruptura culturais através do continente e movimentos culturais inovadores discordam uns dos outros. Assim, uma "cultura comum européia" ou "valores comuns europeus", é algo cuja definição é mais complexa do que parece.

Desporto.

Na Europa pratica-se uma considerável quantidade de modalidades desportivas. O desporto mais popular é o futebol, representado pela UEFA. O torneio mais importante de seleções é o Campeonato Europeu de Futebol, enquanto que o de clubes é a Liga dos Campeões da UEFA. Em relação ao Campeonato do Mundo de Futebol, em dez edições países europeus sediaram o evento, e em dez seleções de países europeus venceram o torneio.

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