Línguas
As línguas europeias pertencem principalmente a três grupos
de Línguas indo-europeias: as línguas românicas, derivadas da língua latina do
Império Romano, as línguas germânicas, cujos ancestrais vieram de língua do sul
da Escandinávia, e as línguas eslavas.91 Apesar de ter a maioria de seu
vocabulário descendente de línguas românicas, o idioma Inglês é classificado
como uma língua germânica.
As línguas românicas são faladas principalmente no sudoeste
da Europa, bem como na Roménia e na Moldávia. As línguas germânicas são faladas
no noroeste da Europa e algumas partes da Europa Central. As línguas eslavas
são faladas na Europa Central, Oriental e sudeste da Europa.
Muitas outras línguas fora dos três grupos principais grupos
existem na Europa. Outras línguas indo-europeias incluem o grupo do Báltico
(ie, Letã e Lituana), o grupo Céltico (ie, Irlandês, Gaélico Escocês, Manês,
Galês, Córnico e Bretão),91 Grego, Albanês, e Arménio. Um grupo diferente de
línguas urálicas são o Estónio, Finlandês e Húngaro, falado nos
respetivos/respectivos países, bem como em partes da Roménia, Rússia, Sérvia e
Eslováquia.
Outras línguas não indo-europeias são o maltês (a única
língua oficial semita da UE), o Basco, Geórgio, Azerbaijão, Turco no leste da
Trácia Oriental e as línguas das nações minoritárias na Rússia.
O multilinguismo e a proteção das línguas regionais e
minoritárias são objetivos políticos reconhecidos na Europa de hoje. A
Convenção para a Protecção das Minorias Nacionais e a Carta Europeia das
Línguas Regionais ou Minoritárias do Conselho da Europa estabelecem um quadro
jurídico para os direitos linguísticos na Europa.
Política
União Européia.
Uma união constituída por mais de uma dezena de países, que
fazem transações comerciais utilizando uma moeda única - Euro - e cujos
interesses são representados por instituições comuns. Essa nova Europa começou
a ganhar corpo em dezembro de 1991, quando os 12 países-membros da União
Europeia concluíram o Tratado de Maastricht, que objetivava a união política,
económica/econômica e monetária dos participantes, sem fechar espaço para novas
adesões.
Através desse acordo, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha,
França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal e Reino
Unido iniciaram a caminhada da integração europeia. Áustria, Finlândia e Suécia
são uns dos mais novos membros e vários outros países já entraram com seu
pedido de adesão.
A reunião na cidade neerlandensa de Maastricht - que, em
dezembro de 1991, consolidou a formação da União Europeia - representou um
capítulo de várias etapas, cujas iniciativas pioneiras surgiram logo após a
Segunda Guerra Mundial.
BENELUX (België/Belgique, Nederland e Luxembourg) -
Países-membros: Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo.
Foi a primeira organização (1948) e tornou-se modelo e
estímulo para as demais. Visava ao desenvolvimento econômico dos três
países-membros e à ampliação do comércio entre eles.
CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço) -
Países-membros: os integrantes do BENELUX e mais Alemanha, Dinamarca, França,
Reino Unido e Itália.
Primeira entidade que, já em 1951, reunia vencedores e
vencidos da Segunda Guerra Mundial, a CECA tinha como objetivo principais a
livre circulação de ferro, carvão, aço e outros minerais no interior da
comunidade. Através da redução dos gastos com transportes e das tarifas
alfandegárias, facilitava-se o escoamento daqueles produtos, essenciais à
industrialização.
AELC (Associação Europeia de Livre Comércio) -
Países-membros: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça (países da Europa
Ocidental).
Criada em 1960, a AELC objetivava a eliminação de tarifas
internacionais sobre produtoss industrializados e negociação de acordos
bilaterais sobre produtos agrícolas. Era prevista a unificação da AELC com a
União Europeia a partir de 1995, mas a Islândia, a Noruega e a Suíça decidiram
ficar de fora. A união dos dois blocos receberia o nome de Espaço Econômico Europeu
ou Área Econômica Europeia.
A Comunidade Económica Europeia (CEE) ou Mercado Comum
Europeu (MCE) foi o embrião da atual União Europeia (UE). Seus países membros
são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia,
Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia.
Quando de sua formação, em 1957, a entidade era constituída
apenas por Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Em
1973, ingressaram a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido; em 1981, a Grécia, e
em 1986, Espanha e Portugal. Em 1995, a chamada Europa dos Doze cresceu ainda
mais, ganhando a adesão de Áustria, Finlândia e Suécia.
A partir de 1994, os países-membros da Comunidade Económica
Europeia, que adotou então o nome de União Europeia, se integrariam para formar
um mercado único, em que seriam abolidos os sistemas alfandegários e as
diferentes taxas de impostos, além das restrições ao comércio, serviços e à
circulação de capitais. Isso significaria, entre outras coisas, que os
habitantes da União Europeia teriam trânsito livre em todos os países-membros,
inclusive para trabalho; os impostos seriam aos poucos unificados e haveria
livre acesso às mercadorias e serviços de todos os países-membros dentro da
comunidade.
Desde 1995, para facilitar a circulação de pessoas por
alguns países da União Europeia, entrou em vigor um acordo entre Portugal,
Espanha, França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo e Alemanha para eliminar as
barreiras alfandegárias e a obrigação da apresentação do passaporte entre esses
países. Essa área recebeu o nome de Espaço Schengen, tirado da cidade
luxemburguesa onde o acordo foi assinado.
No sentido da integração económica/econômica, outro passo
importante seria a utilização de uma moeda comum. O ECU (European Currency
Unity ou Unidade Monetária Europeia) circula, desde 1993, como padrão em
operações financeiras e, apesar da discordância de alguns membros, pretendeu-se
que, gradualmente, ele fosse adotado nas operações cotidianas até 1999, quando
o Euro entrou em vigor como moeda escritural e como moeda oficial desde 2002.
Todos os países que integram a União Europeia apresentam
economia desenvolvida, ainda que existam diferenças extraordinárias entre eles,
como entre Irlanda e Alemanha, por exemplo, ou Grécia e Dinamarca. A meta, no
entanto, é reduzir esses contrastes, tornando a comunidade cada vez mais
homogénea/homógena/homogênea.
Apesar das metas em comum, há divergências entre os
países-membros da União Europeia e são frequentes os atritos e necessários os
ajustes para garantir a execução de tais metas. O ano de 1994 foi de provas
para a integridade da União Europeia, já que ocorreram, nos países, plebiscitos
para ratificar seus objetivos e confirmar ou não a adesão à União. Na Dinamarca
e no Reino Unido, as opiniões estavam muito divididas, mas o apoio à comunidade
prevaleceu. Na Noruega, entretanto, sua população decidiu não ingressar na
União Europeia, apesar da solicitação de adesão feita anteriormente.
Outras organizações.
Os países europeus ocidentais estão vinculados a importantes
organizações que agregam países de outros continentes, como a OTAN e a OECD.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), criada
em 1949, tem caráter militar. Além de países europeus, inclui outros dois
banhados pelo oceano Atlântico Norte: Canadá e Estados Unidos. Seu objetivo
fundamental é a cooperação militar e a defesa de seus membros, no caso de
agressâo internacional.
Com o fim da Guerra Fria, o papel da OTAN tem estado em
segundo plano. A aliança assumiu um caráter preponderantemente político em
1990, desenvolvendo o papel de resolver crises localizadas. Vários países do
Leste Europeu solicitaram o ingresso à OTAN.
A OECD (Organization for Economic Cooperation and
Development ou Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) foi
estabelecida em 1961 para promover bem-estar econômico e social entre seus
membros e harmonizar a qualidade de vida nos países em desenvolvimento. Além de
18 países europeus, engloba também Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia e
Estados Unidos.
Regiões.
De acordo com os pontos de vista espacial e económico,
podemos dividir o continente em: Europa Ocidental, Europa Setentrional, Europa
Centro-Oriental e Europa Meridional. Sendo:
Europa Ocidental: região que abrange alguns dos chamados
países atlânticos, ou seja, banhados pelo oceano Atlântico (Reino Unido,
Irlanda e França); os que mantêm relação direta com o Atlântico através do mar
do Norte: Países Baixos, Bélgica e Alemanha; e os países sem saída para o mar,
mas que estão direta ou indiretamente vinculados ao Ocidente (Áustria, Suíça,
Luxemburgo e Liechtenstein).
Europa Setentrional: região que engloba a Noruega e a
Suécia, localizadas na península Escandinava, além da Finlândia, Islândia e
Dinamarca; abrange também a Estônia, Letônia e Lituânia, que a partir de 1990
se tornaram independentes da então União Soviética. A inclusão desses países na
região justifica-se por motivos económicos e pela sua proximidade étnica e
cultural com os finlandeses.
Europa Centro-Oriental: É formada pelo conjunto dos antigos
países socialistas do Leste - Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria,
Roménia, Bulgária, Albânia, Sérvia, Montenegro, Kosovo, Eslovénia, Croácia,
Bósnia e Herzegovina e Macedónia - e pelas repúblicas que constituíam a antiga
União Soviética, em sua parte europeia: Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia,
Geórgia, Arménia, Azerbaijão e Rússia Europeia.
Europa Meridional: região que, também chamada de
mediterrânea, compreende os países situados no sul do continente, quase todos
banhados pelo mar Mediterrâneo: Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Turquia
europeia, além de vários micro-estados - Vaticano, San Marino, Mónaco, Malta e
Andorra.
Economia.
Como um continente, a economia da Europa é atualmente a
maior do planeta e é a região mais rica como medido por ativos sob gestão, com
mais de 32,7 trilhões de dólares em relação ao 27,1 trilhões de dólares da
América do Norte. Tal como acontece com outros continentes, a Europa tem uma
grande variação da riqueza entre os seus países. Os países mais ricos tendem a
estar no Ocidente, enquanto algumas das economias do Leste ainda estão
emergindo do colapso da União Soviética e da Iugoslávia.
A União Europeia, um organismo intergovernamental composto
por 27 estados europeus, compreende o maior espaço económico/econômico único no
mundo. Atualmente, para 16 países da UE, o euro é a moeda comum. Cinco países
europeus classificam-se entre as dez maiores economias nacionais do mundo por
PIB (PPC). Isso inclui (classifcação de acordo com a CIA): Alemanha (5), Reino
Unido (6), Rússia (7), França (8) e Itália (10).
Pré-1945: crescimento industrial
O capitalismo tem sido dominante no mundo ocidental desde o fim
do feudalismo.102 Da Grã-Bretanha, que gradualmente se espalhou pela Europa.103
A Revolução Industrial começou na Europa, mais concretamente ao Reino Unido no
final do século XVIII,104 e no século XIX impulsionou a industrialização da
Europa ocidental. Economias foram interrompidas pela Primeira Guerra Mundial,
mas até o início da Segunda Guerra Mundial já tinham se recuperado e estavam
tendo que competir com a crescente força económica dos Estados Unidos. A
Segunda Guerra Mundial, novamente, danificados muito as indústrias europeias.
1945-1990: A Guerra Fria
Após a Segunda Guerra Mundial, a economia do Reino Unido
estava em estado de ruína,105 e continuou a sofrer um relativo declínio
econômico nas décadas seguintes.106 A Itália também estava em má condição
económica/econômica, mas recuperou um elevado nível de crescimento na década de
1950. A Alemanha Ocidental recuperou-se rapidamente e dobrou a produção de
níveis pré-guerra na década de 1950.107 A França também organizou um retorno
notável a um crescimento rápido e a modernização e, mais tarde a Espanha, sob a
liderança de Franco, também recuperou-se, e a nação obteve um enorme
crescimento econômico sem precedentes no início da década de 1960, em que é
chamado de milagre espanhol.108 A maioria dos estados da Europa Oriental ficou
sob o controle da URSS e, portanto, eram membros do Conselho para Assistência
Econômica Mútua (COMECON).
Os estados que mantiveram um sistema de livre mercado foram
agraciados com uma grande quantidade de ajuda dos Estados Unidos ao abrigo do
Plano Marshall. Os Estados ocidentais mudaram para ligar as suas economias em
conjunto, fornecendo a base para a UE e o aumento do comércio transfronteiriço.
Isso ajudou-os a desfrutar de uma rápida melhora de suas economias, enquanto os
estados da COMECON estavam lutando em grande parte devido ao custo da Guerra
Fria. Até 1990, a Comunidade Europeia foi ampliado de 6 para 12 membros
fundadores. A ênfase na ressurreição da economia da Alemanha Ocidental levou a
ultrapassagem do Reino Unido como a maior economia da Europa.
1991-2007: O crescimento da UE
Com a queda do comunismo na Europa Oriental, em 1991, os
estados do Leste tiveram de se adaptar a um sistema de mercado livre. Havia
vários graus de sucesso com os países centro-europeus, como Polónia, Hungria e
Eslovénia, que se adaptaram razoavelmente rápido, enquanto estados do Leste
como a Ucrânia e a Rússia, estão levando muito mais tempo. A Europa Ocidental
ajudou a Europa Oriental, formando laços económicos/econômicos.
Após o Leste e o Oeste da Alemanha se reunirem em 1990, a
economia da Alemanha Ocidental, apoiou a reconstrução da infra-estrutura da
Alemanha Oriental. A Jugoslávia mostrou um atraso maior, sendo devastada pela
guerra e em 2003 ainda havia muitas tropas de paz da e da OTAN no Kosovo, na
República da Macedónia, na Bósnia e Herzegovina, sendo apenas a Eslovénia que
conseguiu fazer algum progresso real.
Na mudança do milênio, a União Europeia dominou a economia
da Europa, que inclui os cinco maiores economias europeias da época a Alemanha,
Reino Unido, França, Itália e Espanha. Em 1999, 12 dos 15 membros da UE
aderiram à zona do euro substituindo suas antigas moedas nacionais pelo euro
comum. Os três que optaram por permanecer fora da zona euro, foram: Reino
Unido, Dinamarca e Suécia.
2008-2009: Recessão
A zona do euro entrou em sua primeira recessão oficial no
terceiro trimestre de 2008, os números oficiais confirmados em janeiro de 2009.
A crise econômica do final dos anos 2000, que teve início nos Estados Unidos,
propagou-se de forma rápida para a Europa e afetou grande parte da região. A
taxa de desemprego oficial nos 16 países que usam o euro subiu para 9,5% em
maio de 2009.113 Os jovens trabalhadores da Europa têm sido especialmente
atingidos. No primeiro trimestre de 2009, a taxa de desemprego na UE-27 para
pessoas entre 15-24 anos foi de 18,3%.
Cultura.
A cultura europeia pode ser melhor descrita como uma série
de culturas sobrepostas e que envolve questões de Ocidente contra Oriente e
Cristianismo contra Islã. Existem várias linhas de ruptura culturais através do
continente e movimentos culturais inovadores discordam uns dos outros. Assim,
uma "cultura comum européia" ou "valores comuns europeus",
é algo cuja definição é mais complexa do que parece.
Desporto.
Na Europa pratica-se uma considerável quantidade de
modalidades desportivas. O desporto mais popular é o futebol, representado pela
UEFA. O torneio mais importante de seleções é o Campeonato Europeu de Futebol,
enquanto que o de clubes é a Liga dos Campeões da UEFA. Em relação ao
Campeonato do Mundo de Futebol, em dez edições países europeus sediaram o
evento, e em dez seleções de países europeus venceram o torneio.
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