Continente Asiático.
A Ásia é o maior dos continentes, tanto em área como em
população. Abrange um terço das partes sólidas da superfície da Terra e é
responsável por abrigar quase três quintos da população mundial. A Ásia faz
fronteira no lado ocidental com a África e com a Europa, e no lado oriental com
o oceano Pacífico. O ponto extremo setentrional do continente está localizado
no oceano Glacial Ártico. Mas na parte meridional, a Ásia chega ao seu final na
região mais quente dos trópicos, nas imediações da linha do equador.
Na Ásia são encontradas algumas das montanhas mais altas do
mundo; os rios mais extensos; os maiores desertos, planícies e platôs; as
selvas e florestas mais densas. A altitude máxima e a mínima está localizada na
Ásia. O monte Everest, a altitude máxima do planeta, está localizada a 8 848 m
acima do nível do mar; ao longo da linha fronteiriça da República Democrática
Federal do Nepal com a região autônoma chinesa do Tibete. O litoral do mar
Morto, a planície de menor altitude do mundo, estão localizadas a 396 m abaixo
do nível do mar, na região fronteiriça do Estado de Israel com o Reino
Hashemita da Jordânia.
Dos 50 países da Ásia são encontradas algumas das maiores e
menores nações do mundo, tanto em área como em população. A Federação Russa,
cuja parte européia corresponde a um quarto de seu território, mas o restante é
igual a três quartos na parte asiática, é duas vezes maior que os Estados
Unidos e o Canadá juntos. Mas três nações asiáticas — Reino do Bahrein,
República de Cingapura e República das Maldivas — juntas corresponderiam à
extensão territorial da ilha de Marajó. A população da República Popular da
China ou da República da Índia é maior do que as populações dos continentes
norte-americano e sul-americano somadas. Porém, aproximadamente dois terços dos
países da Ásia tem uma população pequena em relação à da Região Metropolitana
de São Paulo.
As nações asiáticas têm vários sistemas de governo. Os
comunistas são responsáveis pelo governo da China e de alguns outros países. Os
monarcas governam os reinos da Arábia Saudita e a Tailândia, por exemplo. Os
xeques são os controladores do Reino do Barein, do Estado do Catar e dos
Emirados Árabes Unidos. Dos países da Ásia que são seguidores dos princípios da
democracia, podemos citar Israel e Japão. Líderes das forças armadas passaram a
exercer o controle de muitas nações da Ásia em períodos de conturbação. Os
sultões de nove estados malaios ocupam a função no cargo de chefe supremo da
nação.
A população asiática é muito diversificada quanto tudo o que
se refere ao continente. O povo é enormemente diferente em árvores
genealógicas, práticas ou comportamentos habituais, idiomas, crenças de
religião, o modus vivendi.
A civilização asiática teve início há mais de 4 000 anos,
muito antes de começar no mundo ocidental, em termos de atividades econômicas,
manifestações culturais e desenvolvimento da ciência. O povo da Ásia fundou as
cidades mais antigas, estabeleceu os sistemas de leis mais antigos e criou a
figura dos agricultores e comerciantes mais antigos. Os cidadãos da Ásia foram
os inventores da escrita e criaram as primeiras literaturas. Os fundadores de
todas as religiões mais relevantes do mundo foram asiáticos: Buda, Confúcio,
Jesus Cristo e Maomé. Os asiáticos também foram os inventores do papel, da
pólvora, da bússola e do tipo móvel.
História.
A história da Ásia pode ser entendida como a história
coletiva de várias regiões litorâneas distintas - o leste asiático, a Ásia
meridional e o Oriente Médio - ligadas pela estepe eurasiática no interior do
continente. Cidades, depois Estados e impérios surgiram naquelas áreas.
A periferia costeira foi o berço de algumas das civilizações
mais antigas do mundo. Cada uma daquelas regiões desenvolveu uma civilização ao
longo de vales férteis de rios. As civilizações da Mesopotâmia, do vale do Indo
e da China tinham muito em comum e provavelmente trocaram tecnologia e idéias,
como a matemática e a roda. Outros avanços, como a escrita, desenvolveram-se
independentemente em cada região.
A estepe era habitada por nômades a cavalo que, a partir das
estepes centrais, alcançavam qualquer parte do continente asiático. A primeira
expansão conhecida das estepes para a costa foi a dos indo-europeus, que
levaram sua família linguística ao Oriente Médio, à Índia e às fronteiras da
China. A parte norte do continente, correspondente à Sibéria, permaneceu
inacessível aos nômades, devido a suas densas florestas e à tundra, e
manteve-se pouco habitada.
A estepe central e a periferia são separadas por
cordilheiras e desertos. O Cáucaso, os Himalaias, o deserto de Karakum e o
deserto de Gobi representavam barreiras que os cavaleiros das estepes
ultrapassavam com dificuldade. Embora os habitantes das cidades fossem mais
avançados tecnológica e culturalmente, havia pouco que pudessem fazer para
defender-se militarmente das hordas a cavalo provenientes das estepes.
Entretanto, os nômades que conquistaram Estados na China, Índia e Oriente Médio
terminaram por adaptar-se e integrar-se às sociedades locais, culturalmente
mais fortes.
Muitas grandes civilizações e culturas existiram no continente
asiático. O Judaísmo e o Cristianismo foram fundados na Palestina. A cultura da
antiga Israel foi estabelecida no segundo milênio a.C. Alexandre, o Grande,
conquistou o território que vai da atual Turquia ao subcontinente indiano no
século IV a.C. O Império Romano posteriormente controlaria partes da Ásia
ocidental. Sucederam-se na Pérsia as dinastias aquemênida, selêucida, parta e
sassânida. Muitas civilizações antigas foram influenciadas pela Rota da Seda,
que ligava a China, a Índia, o Oriente Médio e a Europa. O hinduísmo e o
budismo, que tiveram início na Índia, também foram uma influência importante no
sul e no leste da Ásia.
O Califado islâmico e outros Estados muçulmanos tomaram o
Oriente Médio a partir do século VII e posteriormente se expandiram para o
subcontinente indiano e para a Insulíndia. As Cruzadas, tentativas da Europa
cristã de retomar dos muçulmanos a Terra Santa, sucederam-se a partir do século
XII. O Império Mongol conquistou boa parte da Ásia no século XIII,
estendendo-se da China à Europa. O Império Russo começou a expandir-se em
direção à Ásia no século XVII, até controlar a Sibéria e a maior parte da Ásia
Central em fins do século XIX. O Império Otomano controlou a Turquia e o
Oriente Médio a partir do século XVI. No século XVII, os manchus conquistaram a
China e estabeleceram a dinastia Qing, que declinou no século XIX e foi
derrubada em 1912.
Diversas potências européias apossaram-se de partes da Ásia,
como a Índia britânica, a Indochina francesa e Macau e Goa, que estiveram sob
controle português. No século XIX, decorreu o chamado "Grande Jogo"
entre o Império Russo e o Império Britânico, uma disputa pelo controle da Ásia
Central. No século XX, o Japão expandiu-se para a China, a Coréia e o sudeste
asiático durante a Segunda Guerra Mundial. Após o conflito, muitos países do
continente tornaram-se independentes das potências européias. Durante a Guerra
Fria, a porção norte da Ásia era comunista, controlada pela União Soviética e
pela República Popular da China, enquanto que os aliados ocidentais formaram
pactos como CENTO e SEATO. Representantes dos blocos capitalista e comunista
enfrentaram-se em confrontos como a Guerra da Coréia, a Guerra do Vietnã e a
invasão soviética do Afeganistão. O conflito árabe-israelense dominou a maior
parte da história recente do Oriente Médio. O colapso da União Soviética, em
1991, deu origem a vários países independentes na Ásia Central.
Geografia.
A área do continente asiático é superior a 44,5 milhões de
quilômetros quadrados, correspondentes a quase um terço de todas as terras
emersas do nosso planeta.30 Só no continente moram aproximadamente 3 000
milhões * de habitantes, número que supera quase 50% da população do mundo,30
como resultado da densidade demográfica fora do comum e superior a 70 habitantes
por quilômetro quadrado.
Essa vasta área territorial é atravessada por três
paralelos: no ponto extremo setentrional, em território russo, pelo Círculo
Polar Ártico; na parte meridional, pelo Trópico de Câncer; e, no centro do
território arquipelágico indonésio, pela linha do Equador.
Localizada quase totalmente no hemisfério setentrional, com
somente uma porção dos territórios insulares do sul indonésio ocupando o
hemisfério meridional, o continente asiático torna-se extenso de 10 graus de
latitude ao sul da linha do Equador a 80 graus de latitude ao norte dessa mesma
linha divisória. Distribuindo-se por inteiro pelo hemisfério leste, torna-se
extenso de 25 para além de 180 graus de longitude a leste do Meridiano de
Greenwich.
Por ser composto de uma grande extensão continental da parte
setentrional para a parte meridional, a Ásia preenche espaço de todas as áreas
de clima do hemisfério setentrional: equatorial, tropical, temperada e polar.
Tornando-se extenso com grandiosidade também da parte oriental para a parte
ocidental, é atravessada por 11 fusos horários.
Faz fronteira no lado setentrional, com o oceano Glacial
Ártico; no lado meridional, com o oceano Índico; no lado oriental, com o oceano
Pacífico; e no lado ocidental, com os montes Urais, com o rio Ural e com os
mares Cáspio, com o Negro, com o Mediterrâneo e com o Vermelho.
O continente asiático é, desse modo, o maior de todos, onde
se podem ser encontradas as mais diversos panoramas paisagísticos e tipologias
de clima, como também diversidade de etnias e padronizações de desenvolvimento
da economia.
Relevo.
A Ásia apresenta características contrastantes: enormes
terras baixas de aluvião e de litoral e grandes formações planálticas com
cordilheiras muito altas, que se tornam extensas por uma vasta área
centro-meridional, entre os territórios nacionais turco e indonésio. Isso tudo
faz do continente asiático o único com aproximadamente 1 0000 metros de cota
altimétrica média. As montanhas de maior altitude estão localizadas na
cordilheira do Himalaia, mas existem outras que se espalham por toda a área
territorial, situando-se no continente asiático as 18 montanhas mais altas do
mundo.
O relevo asiático é caracterizado pela apresentação de seus
contrastes de extremidade altimétrica:
As cordilheiras e planaltos de maior altitude da Terra:
Himalaia, Pamir e Tibete, onde se localizam as altitudes máximas do globo
terrestre: (Everest, 8.840 metros, Kanchenjunga, 8.598 metros, e muitos outros,
com altitudes com mais de 7.000 metros).
As maiores depressões absolutas do planeta: o Mar Morto, 395
metros.
Algumas regiões banhadas pelas águas salgadas do oceano
Pacífico fazem parte do Círculo de Fogo, ou seja, por causa de sua formação
geológica ocorrida há pouco tempo estão sujeitas a erupções vulcânicas e a
abalos sísmicos. É o caso do arquipélago japonês44 e da Indonésia.
Algumas formações planálticas são altíssimas e são
intercaladas às cadeias de montanhas, como é o caso do Pamir37 e do Tibete,
contrastando com outros de maior antiguidade, de menores altitudes, como os da
Armênia, do Decã.
As planícies de rios da Ásia são revestidas com depósito
aluvial trazido pelos acidentes geógraficos fluviais que as percorrem e que se
dirigem de modo principal para as águas salgadas dos oceanos Índico e Pacífico.
As principais planícies de rios são a Indo-gangética (Índia), a Mesopotâmica
(Iraque), a Siberiana (Rússia) e as dos rios Yang-tsé (China) e Mekong
(Vietnã).
A Ásia projeta, dirigindo-se aos oceanos adjacentes, várias
porções peninsulares, sendo as mais relevantes a da Anatólia, a Arábica, a
Hindustânica, a da Indochina e a da Coréia.
Clima.
A vasta extensão territorial e, portanto, as diferenças de
latitude, a presença alternada de áreas baixas e elevadas, a grande influência
das massas de ar e ainda a continentalidade e a maritimidade trazem para o
continente grande variedade de tipos de clima e, consequentemente, de formações
vegetais.
Nas terras situadas no extremo norte predomina o clima
polar, que vai se tornando mais ameno em direção ao sul. O centro do
continente, por situar-se distante de influências marítimas e, em parte, devido
à altitude do relevo, que bloqueia a passagem dos ventos oceânicos, é dominado
pelo clima temperado continental, que alterna verões de elevadas temperaturas
com invernos muito frios. Já o temperado oceânico, ocupando grandes extensões
do continente, sofre variações em função da altitude do relevo, da latitude e
da interioridade.
Mais para o sul, à retaguarda das grandes cordilheiras, que
impedem a passagem dos ventos úmidos do oceano, encontram-se vastas extensões
dominadas por clima semi-árido e clima árido, formando uma extensa faixa de
desertos. A Ásia abriga a maioria dos desertos existentes na Terra: da Arábia
(Arábia Saudita), da Síria, de Thal (Paquistão), do Thar (ou Grande Deserto
Indiano), de Lut (ou deserto do Irã), de Gobi (Mongólia), de Taklamakan
(China), Karakum (Turcomenistão), Kerman (Irã), da Judeia (Israel), de Negev
(Israel).
No litoral da Ásia Ocidental surge uma faixa estreita de
clima do tipo mediterrânico, enquanto nos arquipélagos do sul do continente,
nas proximidades do Equador, aparecem climas de tipo quente: equatorial e
tropical.
Entre todos os tipos de clima da Ásia, no entanto, o que
mais diretamente influi nas condições de vida locais, sobretudo orientando as
atividades agrícolas, é o tropical de monções. Abrangendo as regiões mais
populosas do continente, estende-se pelas planícies costeiras da Índia e do
sudeste e leste da China, com violentas chuvas durante o verão. Caracteriza-se
pela atividade dos ventos, conhecidos como monções, que sopram do Índico e do
Pacífico para o continente durante o verão, e do interior da Ásia para esses
oceanos durante o inverno.
A ocorrência de monções se deve ao fato de que as terras
continentais aquecem-se e esfriam mais rapidamente do que as águas oceânicas.
Durante o verão, o interior da Ásia, ao esquentar-se, forma uma área de baixa
pressão, que contrasta com as altas pressões dos oceanos, provocando o
deslocamento de ventos úmidos do mar para terra. Esses ventos são as monções de
verão. No inverno, ocorre o inverso: os oceanos estão mais quentes do que o
continente, formando áreas de baixa pressão e atraindo os ventos continentais.
São as monções de inverno.
As regiões montanhosas, independentemente de sua localização
geográfica, apresentam temperaturas muito baixas, em razão da altitude.
Hidrografia.
Tanto as chuvas abundantes da região influenciada pelos
climas equatorial e tropical quanto a grande quantidade de neve derretida das
altas montanhas favorecem a existência de grandes rios, que correm em quase
todas as direções do continente asiático. Podemos destacar:
rios que deságuam no oceano Pacífico. Alguns têm grande
volume de água devido às monções de verão. Merecem destaque os rios Huang-ho
(ou Amarelo), Si-kiang e Yang-tsé-kiang (ou Azul), todos na China, além do
Mekong, na Indochina;
rios que deságuam no oceano Índico. Alguns deles são também
monçônicos e tornam-se muito volumosos durante o verão. Merecem destaque rios
da Índia e de Bangladesh, como o Bramaputra, o Ganges e o Godavari, e o rio
Indo, no Paquistão;
rios que correm para norte e desaguam no oceano Glacial
Ártico. São exemplos os rios Obi, Ienissei e Lena, que congelam durante grande
parte do ano. Como o degelo ocorre a partir de seus altos cursos, as águas, ao
chegarem ao médio curso e encontrarem barreiras de gelo, esparramam-se por
vastas extensões de suas margens, causando frequentes inundações;
rios que desembocam no golfo Pérsico. Merecem destaque o
Tigre e o Eufrates, que formam a planície da Mesopotâmia;
rios da Ásia Centro-oriental que desaguam em lagos. Podemos
citar o Sir Daria e o Amu Daria, que desaguam no mar de Aral, além de outros
que desaparecem dentro do deserto.
A Ásia apresenta poucos lagos, embora de grande extensão,
como o Baikal e o Balkhash, localizados na Rússia. Se os lagos existem em
pequeno número, os mares asiáticos aparecem com muito mais destaque: mar
Vermelho, que limita as costas africanas e asiáticas; Mar da Arábia; a sudeste,
mar da China Meridional, mar da China Oriental, Mar de Andamã e mar Amarelo; os
mares da Indonésia: de Java, de Timor, de Banda, de Celebes; a nordeste, os
mares de Okhotsk, do Japão e de Bering.49 No limite com a Europa, aparece o
maior mar fechado do mundo, o mar Cáspio.
Vegetação.
Como as formações vegetais dependem do tipo de solo e
principalmente do clima, a Ásia apresenta muitas variedades vegetais, ainda que
parcialmente destruídas ou alteradas pela milenar ocupação humana.
No extremo norte do continente, junto ao pólo, não há
condições para a existência de vegetação, porém mais ao sul, na planície
Siberiana, começam a surgir formações de tundra. Ainda rumo ao sul, à medida
que o clima polar se torna menos intenso e o frio se estende por um número
menor de meses, aparece a vasta região da taiga, quase integralmente
pertencente à Rússia.
O maior destaque, entretanto, está nas estepes, que ocupam
grandes extensões da Ásia Central, aparecendo em áreas de clima temperado
continental.
Os arquipélagos situados na Ásia Meridional apresentam-se
recobertos por florestas equatoriais e tropicais, não muito diferentes das que
existem na Amazônia brasileira. Essas formações podem ser observadas também no
centro-sul, onde igualmente se verifica a presença de savanas, em que a
vegetação herbácea é dominante, apresentando arbustos e árvores em associações
pouco densas, como o jângal na Índia.
Registra-se ainda a ocorrência de florestas temperadas em
extensões consideráveis no Extremo Oriente e de vegetação xerófita nas áreas
desérticas ou semi-áridas do continente.
Regiões geográficas.
Considerando que uma região geográfica é uma área mais ou
menos definida, caracterizada por determinados aspectos físicos e humanos, seria
possível encontrar dezenas delas no continente e até mesmo algumas em um mesmo
país. Por esse motivo, e para facilitar o estudo e a compreensão das
características e dos problemas políticos e sociais de um continente tão vasto,
vamos simplificar sua divisão estudando-o através de seis grandes regiões
geográficas. São elas: o Oriente Médio, o subcontinente indiano, o sudeste
asiático, o centro-leste, o Extremo Oriente e a parte asiática da Comunidade de
Estados Independentes.
Oriente Médio.
Essa área, que se estende desde a Turquia até o Afeganistão,
apresenta como característica física dominante o predomínio do clima seco, o
que resulta na existência de desertos. Como característica populacional,
destaca-se a ocupação por brancos e uma das densidades demográficas mais baixas
do continente.
O Oriente Médio reúne 16 países independentes, muito
importantes pelas notáveis reservas de petróleo que alguns possuem e por sua
posição estratégica, já que essa região é o elo entre Europa, Ásia e África. É
uma área constantemente agitada por conflitos de origens diversas: o
antagonismo histórico entre esses países; a grande mescla de seitas e religiões
(islamismo, cristianismo, judaísmo); os sistemas político-econômicos vigentes,
levando ao alinhamento com os Estados Unidos ou com a Rússia.
Apesar de todas essas diferenças, há muitas semelhanças,
principalmente em nível econômico: os países são todos subdesenvolvidos (à exceção
de Israel, Catar e Emirados Árabes Unidos) e neles a atividade industrial de
transformação é bastante escassa, predominando pequenas indústrias têxteis e
alimentares. A agricultura é praticada nas poucas regiões onde não ocorrem
desertos. Os principais produtos agrícolas são trigo, cevada, milho, arroz e
cítricos, cultivados, sobretudo na Turquia, Síria, Líbano, Israel e Iraque. A
pecuária restringe-se ao pastoreio nômade de camelos, cabras e ovelhas.
O grande destaque econômico do Oriente Médio, em nível
internacional, é a exploração do petróleo, que tem sido responsável pela
entrada de lucros fabulosos nos países produtores. Os lucros do petróleo,
entretanto, pouco têm contribuído para atenuar o elevado grau de
subdesenvolvimento da maior parte dos países dessa área, acentuando, ao
contrário, a enorme disparidade na distribuição de renda.
Em 1960, Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait e Venezuela
criaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), à qual se
filiaram durante as décadas de 1960 e 1970: Catar e Abu Dhabi (um dos Emirados
Árabes Unidos), Indonésia (país da Insulíndia), Equador, Líbia, Argélia,
Nigéria e Gabão.
Liderada pelos países árabes, a OPEP tem como objetivo
controlar o preço do petróleo. Em 1973, essa organização multiplicou o preço do
barril de petróleo, provocando uma série de desajustes econômicos nos países
importadores, que ficou conhecida como crise do petróleo. Diversos desses
países passaram a explorar jazidas até então consideradas não-rentáveis e
desenvolveram fontes alternativas de energia. Em virtude disso, a OPEP foi
obrigada mais tarde a reduzir o preço do barril de petróleo, cujo consumo
retraiu.
A maior parte do Oriente Médio é ocupada pelos países
árabes. Localizados na Península Arábica e vizinhanças, são nações
fundamentalmente agropastoris, caso do Iêmen, enquanto na Arábia Saudita,
Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Omã, Catar e Barein o petróleo é a
grande riqueza nacional, impondo uma paisagem de torres e oleodutos onde
durante séculos houve apenas um deserto sem proveito econômico.
Há ainda o Líbano e a Síria, países cuja agricultura e
indústria são mais desenvolvidas, muito embora o Líbano, arrasado por conflitos
intermináveis, sobreviva com grandes dificuldades. A Jordânia difere de todos
por sua atividade mineradora caracterizada pela exploração de fosfato e
mármore.
Entre os países não-árabes, há Israel, a nação mais
industrializada e desenvolvida do Oriente Médio, além de três grandes Estados -
Turquia, Irã e Afeganistão. A indústria turca está se desenvolvendo
rapidamente, graças aos incentivos governamentais e às riquezas minerais do
país, como carvão, ferro, manganês, cromo e cobre. A economia iraniana
baseia-se principalmente na extração e comercialização do petróleo, enquanto a
agropecuária é a base econômica do Afeganistão.
Subcontinente Indiano.
No sul da Ásia encontra-se a grande Península Hindustânica,
que avança sobre o Oceano Índico. Apresentando a Cordilheira do Himalaia ao
norte, o relevo da região é dominado pelo vasto Planalto do Decã, e, entre este
e as montanhas, pela grande Planície Indo-gangética, percorrida pelo Indo e
pelo Ganges, rios de grande volume de água. A região é tipicamente tropical e
os verões são marcados pela chegada dos ventos monçônicos.
Índia, Paquistão e Bangladesh são os países centrais da
região; em meio à Cordilheira do Himalaia, localizam-se ainda os pequenos
reinos do Nepal e do Butão. A sudeste da Índia está Sri Lanka, país anrigamente
conhecido como Ceilão, e a sudoeste, o arquipélago das Maldivas.
Aproximadamente metade do território da Índia é recoberto
por plantações de arroz, que se beneficiam do clima monçônico; cultivam-se em
grande escala também trigo e milho, além de algodão, chá, juta e outros
produtos. A pecuária, apesar do enorme rebanho bovino, não tem grande importância
econômica.
Em termos mineralógicos, a Índia possui grandes depósitos de
ferro, além de produzir a maior parte do petróleo que consome. Possui ainda
abundantes reservas de carvão, mica, manganês, alumínio e outras de menor
importância.
Dentre os países asiáticos, é dos que apresentam maior grau
de industrialização, dispondo de algumas grandes áreas industriais, como a
região de Bombaim, Calcutá, no leste, a de Punjab-Nova Délhi, no norte, e a
Madras, no sul. Os ramos industriais mais importantes são o têxtil, o
alimentar, o mecânico, o siderúrgico e o químico.
Além disso, a Índia domina a energia nuclear, possuindo tecnologia
para a fabricação de bombas atômicas. Também na área dos satélites artificiais,
esse país alcançou grandes progressos, tendo já lançado seu primeiro satélite
de comunicações.
A população indiana é extremamente pobre: três quartos vivem
em condições precárias de alimentação, saúde, educação e habitação.
Com mais de 700 habitantes por quilômetro quadrado,
Bangladesh assemelha-se à Índia por suas baixas condições de vida. Não é muito
melhor a situação do Paquistão, pois embora tenha densidade demográfica
sensivelmente menor que a de seus vizinhos, dispõe de áreas relativamente
reduzidas para a atividade agrícola e pastoril, que constitui a atividade
econômica da maior parte dos habitantes.
Sri Lanka, com contrastes sociais menos chocantes, é uma
república que apóia sua economia no cultivo de chá, arroz, borracha e coco e,
naturalmente, na pesca. As Maldivas possuem uma economia precária, baseada
principalmente na prática rudimentar da pesca e na extração do óleo de copra
(amêndoa de coco seca).
Os países montanhosos - Nepal e Butão - enfrentam o problema
do isolamento, determinado pelas elevadas altitudes do relevo e
particularidades climáticas, que dificultam a construção e a manutenção de
estradas, e também pela falta de acesso ao oceano. Nestes pequenos países,
pratica-se a agricultura nas poucas áreas em que isso é possível, além de
criarem-se animais. Mais da metade da população é analfabeta e os hábitos e
costumes tradicionais das tribos regem a vida de quase todos os habitantes.
Em todos os países do centro-sul asiático a população rural
é dominante, embora existam algumas grandes cidades, sobretudo na Índia, onde a
atividade industrial é diversificada e o nível de informação e politização dos
habitantes é bem mais avançado. As maiores cidades da região são Calcutá,
Bombaim, Madras, Nova Délhi (Índia), Karachi (Paquistão) e Daca (Bangladesh).
Sudeste Asiático.
Esta região é formada por nove países independentes:
Birmânia, Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, Malásia e Singapura - localizados
na península da Indochina - e Indonésia, Brunei e Filipinas - que constituem o
arquipélago da Insulíndia. A Malásia tem uma parte de seu território localizada
na península da Indochina e outra na ilha de Bornéu, cuja maior parte pertence
à Indonésia. Brunei localiza-se inteiramente nessa ilha.
O principal destaque econômico do sudeste asiático é a
exploração de minérios para exportação, principalmente na Indonésia e na Malásia.
A Indonésia, membro da OPEP, é um dos grandes importadores mundiais de petróleo
(Bornéu) e minerais metálicos, com destaque para estanho, ferro, bauxita e
ouro.
Brunei, sultanato localizado na ilha de Bornéu, depende basicamente da
exportação de petróleo.
Apesar de ser rico em minérios, o sudeste asiático apresenta
uma indústria pouco desenvolvida devido à falta de capital para ser aplicado em
serviços de infraestrutura. As principais indústrias são de processamento de
matérias-primas para exportação, como as manufaturas têxteis na Indochina e as
usinas de açúcar na Indonésia. Singapura constitui exceção à fraca
industrialização da região. Essa pequena ilha é um dos "tigres
asiáticos", países de industrialização recente é crescimento acentuado. A
indústria malaia e tailandesa também está expansão, mas as demais economias
continuam dependendo basicamente de atividades agrícolas.
A par de atividades de subsistência, em que se destaca o
cultivo do arroz a agricultura dessa região asiática, também oferece produtos
tropicais, cultivados em regime de plantation, uma herança de colonização européia.
Voltando principalmente à exportação, esse ramo da economia emprega a maior
parte da população ativa. As principais culturas para exportação são a da
borracha na Malásia, no Myanmar e na Indonésia; de chá, na Indonésia; além do
arroz - cultivado em terraços nas vertentes das montanhas -, que é exportando
pela Tailândia, Vietnã e Indonésia.
As principais cidades da região são: Jacarta (Indonésia),
Manila (Filipinas) e Bangcoc (Tailândia), cujas áreas metropolitanas abrigam
mais de cinco milhões de habitantes.
Essa região do globo tem-se caracterizado por diversos
problemas políticos, desde sucessivos golpes de Estado a longas e sangrentas
guerras envolvendo o confronto entre capitalismo e socialismo, como a ocorrida
no Vietnã (1960-1975). A diversidade de grupos étnicos, o grande número de
religiões professadas e os níveis de vida extremamente diferenciados são
fatores que concorrem para tornar essa região ainda mais conturbada.
Ásia Oriental.
Possuindo o terceiro maior território do mundo e abrigando
mais de um bilhão (mil milhões) de pessoas - cerca de 20% de toda a humanidade
-, a China adquire grande destaque no mundo. Entretanto, devido ao fato de a
maior parte de seu território ser ocupada por desertos e montanhas, a população
chinesa fica quase toda concentrada no lado oriental do país, única região que
pode ser plenamente aproveitada.
A atividade econômica que emprega maior número de
trabalhadores é a agricultura, cuja principal meta é a alimentação da imensa
população. Essa atividade se desenvolve através de um sistema comunitário, em
que o Estado empresta a terra e fornece os meios para a produção (máquinas,
ferramentas, adubos etc.). A China destaca-se mundialmente na produção de arroz,
trigo, soja e outros gêneros, cultivados principalmente no vale do
Yang-tsé-kiang. Também na criação de animais (suínos, ovinos e bovinos), esse
país se coloca entre os cinco maiores produtores mundiais.
A China possui abundantes reservas minerais e um
considerável potencial hidráulico e petrolífero, o que, aliado ao fato de sua
mão-de-obra ser muito barata e sua população numerosa, fornece condições para o
desenvolvimento da indústria, ainda que ela seja estatizada e se volte quase
exclusivamente para o mercado interno. A produção visa basicamente fornecer
artigos considerados necessários, sem preocupação com acabamento de luxo e, por
isso, sempre ao alcance dos operários e camponeses.
O país conta ainda com um grande parque de indústrias de
base, essenciais aos empreendimentos estatais. As principais áreas industriais
localizam-se nas proximidades de grandes centros urbanos da China Oriental,
como Xangai e Pequim, ou em áreas novas, como a Manchúria.
A China não apresenta um grau de desenvolvimento semelhante
ao das grandes potências mundiais, mas é uma nação em que a distribuição de
renda e de bens é menos desequilibrada. O padrão de vida de todos é
relativamente igual e praticamente não existem a miséria pessoal e suas
inúmeras consequências.
A partir de 1984, o governo chinês passou a promover a
entrada de investimentos estrangeiros no país, que se retraíram, em 1989, com a
repressão às maiores liberdades políticas.
Formosa, ou Taiwan, tornou-se um país independente da China
em 1949, por ocasião do término da revolução comunista chinesa. De estrutura
capitalista, o país contou com a ajuda de capitais provenientes dos Estados
Unidos e do Japão e projetou-se economicamente no plano agrícola e industrial,
graças à abundância de recursos minerais e mão-de-obra barata.
A Formosa é um dos países conhecidos como "tigres
asiáticos", da mesma forma que Hong Kong, colônia britânica que foi
reanexada à China em 1997, funcionando como região administrativa especial.
A Mongólia ocupa a parte mais central do território
asiático. Localizada entre a China e a União Soviética, foi por muito tempo
motivo de rivalidade entre esses países. Atualmente é alinhada ao bloco
soviético. A população do país é bastante reduzida em relação a seu extenso
território, que apresenta vários obstáculos naturais ao desenvolvimento
econômico. Sua atividade principal é a agropecuária e sua principal cidade é a
capital, Ulan Bator.
Extremo Oriente.
O Japão é um Estado monárquico, altamente desenvolvido e
industrializado, situado a leste do continente asiático, em pleno Oceano
Pacífico, e constituído por mais de três mil ilhas, embora apenas as quatro
mais extensas sejam economicamente importantes.
Sua área total é pouco maior que a do estado do Maranhão,
mas detém uma grande população absoluta (127 milhões de habitantes em 2007) e
uma alta densidade demográfica (337 habitantes por quilômetro quadrado). Essa
aglomeração populacional torna-se ainda mais grave ao se constatar que apenas
um quinto do território japonês pode ser habitado, já que o restante é ocupado
por altas montanhas. Por outro lado, o crescimento vegetativo do Japão é quase
nulo, pois as taxas de natalidade apenas compensam as de mortalidade.
Integrante do Primeiro Mundo, portanto, capitalista e
desenvolvido, o Japão apresenta, entre outras, as seguintes características:
renda per capita bastante alta; moradia, saúde e educação de bom nível,
acessíveis a todos; agricultura, indústria e rede de serviços tecnologicamente
avançadas.
O desenvolvimento e a prosperidade japonesa, sobretudo após
o término da Segunda Guerra Mundial, ocasião em que o país foi parcialmente
destruído por bombardeios, constituem um verdadeiro milagre econômico, na opinião
de especialistas do setor. Para tanto, contribuíram os seguintes fatores: ajuda
militar e financeira dos Estados Unidos, através do Plano Marshall; adoção de
uma política de rigoroso controle populacional; prioridade à educação e ao
domínio da tecnologia; produção voltada à exportação. A partir da década de
1950, o Japão atingiu um estágio de grande desenvolvimento e é hoje uma das
maiores potências mundiais.
Embora disponha de poucas matérias-primas e quase nenhum
combustível, o país é bem servido de hidroeletricidade. Hoje é o primeiro
produtor mundial de navios, o segundo de automóveis e o terceiro de aço e de
alumínio, e seus produtos elétricos e eletrônicos, como rádios, televisores,
calculadoras e inúmeros outros, encontram-se disseminados por todo o mundo.
Devido ao alto grau de industrialização do Japão, a maior
parte de seus habitantes vive no meio urbano, sendo que a Região Metropolitana
de Tóquio possui mais de 37 milhões de habitantes, o que torna a aglomeração de
Tóquio, independentemente de como se define, como a área urbana mais populosa
do mundo; em âmbito nacional, é seguida por Osaka, Nagoya, Yokohama e Quioto.
Localizadas na Península da Coréia, estão a República
Popular Democrática da Coréia (Coréia do Norte) e a República da Coréia (Coréia
do Sul), que até 1948 formavam um único país. A divisão em dois estados foi
decorrente da ocupação do território por soviéticos, no norte, e
norte-americanos, no sul, por ocasião do término da Segunda Guerra Mundial.
Desde a separação, a Coréia do Norte é socialista, com uma
economia pobre e subdesenvolvida e a Coréia do Sul, capitalista, sendo um país
desenvolvido, com valores muito elevados de IDH (15.º a nível mundial em 2011)
e de PIB (PPC) per capita (27.º a nível mundial em 2011, segundo o FMI65 e 29.º
segundo o Banco Mundial e a CIA, com uma economia com grandes apostas nos
serviços e na alta tecnologia. A Coréia do Norte continua essencialmente
agrícola, com uma economia subdesenvolvida, com destaque para o cultivo do
arroz e do trigo, mas a Coréia do Sul — que, assim como Singapura, Formosa e
Hong Kong, é um dos "tigres asiáticos" — alcançou grande
desenvolvimento industrial na década de 1980.
As diferenças entre as bandeiras das duas Coréias são as
seguintes:
A bandeira da Coréia do Sul é um retângulo branco com um
círculo com duas metades onduladas de vermelho acima e azul abaixo, que
representa positivo e negativo; os quatro trigramas representam os quatro
elementos da Terra: água, terra, ar e fogo; daí a noção de posição e
equilíbrio.
A bandeira da Coréia do Norte é um retângulo composto de
três faixas horizontais de desigual tamanho e proporção de azul, vermelho (três
quintos) e azul; os três quintos de banda vermelha são orlados de branco; no
centro à esquerda está um círculo branco com uma grande estrela vermelha de
cinco pontas, que representa a esperança de construir o socialismo sob a
liderança do Partido do Trabalho da Coréia.
Comunidade de Estados
Independentes.
A parte asiática da Comunidade de Estados Independentes,
embora corresponda, aproximadamente, a quatro quintos do território
administrado por essa organização internacional, tem modesta importância
econômica, se comparada à parte européia.
Devido principalmente à hostilidade do meio natural -
desertos, grandes áreas geladas ao norte e altas montanhas ao sul - essa região
não apresenta condições ideais para a agropecuária. Mesmo assim, nos limites
com a Europa, cultiva-se trigo e milho; a sudoeste, nas estepes próximas aos
mares Cáspio e Aral, criam-se extensivamente carneiros e cabras e cultivam-se
algodão e frutas, e nas áreas mais frias da Sibéria criam-se renas.
A partir da revolução socialista de 1917 e, particularmente,
após o final da Segunda Guerra Mundial, essa região conhecida como a ex-União
Soviética passou a ser mais valorizada, devido, principalmente, à abundância de
suas riquezas minerais. Graças a essa característica, passou a abrigar
basicamente indústrias pesadas, localizadas em alguns centros da Sibéria e do
Cazaquistão. Pode ser citada ainda a cidade de Vladivostok, localizada na
extremidade oriental, que, além de ser importante ponto estratégico, centraliza
inúmeras indústrias diferenciadas.
Etnias.
Embora a maior parte da população asiática seja composta de
povos de raça amarela, há também expressivo número de representantes dos outros
troncos étnicos, o negro e o branco.
Os amarelos compõem a etnia dominante e distribuem-se pelas
regiões da taiga e da tundra (ao norte), pelos planaltos da Ásia Central e
sobretudo pelo leste e sudeste do continente, regiões asiáticas mais
intensamente povoadas. Ocorrem grandes diferenças físicas, linguísticas e
culturais entre esses povos (chineses, japoneses, coreanos, malaios,
indonésios), mas sobretudo entre eles e os grupos mais isolados, como os quirguizes,
mongóis e tibetanos.
Os brancos ou caucasóides predominam no sudeste do
continente (Oriente Médio), onde são encontrados os árabes, os turcos, os
israelenses, curdos, etc., e na Ásia Central, cujos países receberam grandes
contingentes de população eslava (principalmente russos) ao serem incorporados
à extinta União Soviética. Também na Índia e no Paquistão há um ramo étnico
branco, mas seus representantes são bem amorenados.
Também, aparecem em menor número, distribuindo-se no sul da
Índia e em ilhas do Oceano Índico. Pertencem ao grupo drávida, cuja influência
é marcante na cultura hindu.
Línguas.
Em um continente que apresenta tão grande diversidade étnica
e que registrou um longo período de dominação colonial em grande parte de seu
território, é muito natural que se verifique grande diversidade de idiomas. Os
principais, falados por mais de 100 milhões de pessoas, são: o chinês (a língua
mais falada do mundo), o árabe, o malaio-indonésio, o japonês e, dentre as
muitas línguas faladas na Índia, o hindi-urdu e o bengali. Entretanto, existem
mais de uma centena de línguas ou dialetos em uso corrente em toda a Ásia.
Religiões.
A Ásia também abriga as grandes religiões da humanidade,
tendo sido o berço de quase todas elas. 22% dos asiáticos professam o hinduísmo
cerca de 792 897 000, comum na Índia e arredores, e o budismo, comum em todo o
Extremo Oriente com 9,1% cerca de 350 000 000 de seguidores, onde além dessa
religião, são praticados o Cristianismo Católico e Ortodoxo com 135 000 000 e
os protestantes com aproximadamente de 50 000 000 de seguidores, além das
religiões chinesas, o confucionismo (China) e o xintoísmo (Japão). O islamismo
é outra religião bastante difundida na Ásia com cerca de 807 034 000 fazendo
dela a maior religião em números absolutos de pessoas na Ásia , sobretudo no
Oriente Médio, Turquestão, Índia e Insulíndia. Merece destaque ainda o judaísmo,
centralizado em Israel.
Cultura.
A cultura da Ásia é o agregado artificial da herança de
muitas nacionalidades, sociedades, religiões, e grupos étnicos na região,
tradicionalmente chamada um continente de uma perspectiva central ocidental, da
Ásia. A região ou "o continente" são mais comumente divididos em sub-regiões
geográficas e culturais mais naturais, inclusive a Ásia Central, a Ásia
Oriental, a Ásia Meridional ("o subcontinente indiano"), a Ásia
Setentrional, a Ásia Ocidental e o Sudeste Asiático. Geograficamente, a Ásia
não é um continente distinto; culturalmente, houve pouca unidade ou história
comum de muitas das culturas e povos da Ásia.
A arte, a música, e a culinária, bem como a literatura, são
partes importantes da cultura asiática. A filosofia oriental e a religião
também desempenham um papel principal, com budismo, hinduísmo, taoísmo,
confucionismo, islã, e cristianismo todos os papéis principais desempenham. Uma
das partes mais complexas da cultura asiática é a relação entre culturas
tradicionais e o mundo ocidental.