Estados Unidos.
Estados Unidos da América (em inglês: United States of
America), ou simplesmente Estados Unidos (United States), são uma república
constitucional federal composta por cinquenta estados e um distrito federal. A
maior parte do país situa-se na região central da América do Norte, formada por
48 estados e Washington, D.C., o distrito federal da capital. Localiza-se entre
os oceanos Pacífico e Atlântico, fazendo fronteira com o Canadá ao norte e com
o México ao sul. O estado do Alasca está no noroeste do continente, fazendo
fronteira com o Canadá no leste e com a Rússia a oeste, através do estreito de
Bering. O estado do Havaí é um arquipélago no Pacífico Central. O país também
possui vários outros territórios no Caribe e no Oceano Pacífico. Com 9,37
milhões de km² de área e cerca de 309 milhões de habitantes, o país é o quarto
maior em área total, o quinto maior em área contígua e o terceiro em população.
Os Estados Unidos são uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas
do mundo, produto da forte imigração vinda de muitos países. Sua geografia e
sistemas climáticos também são extremamente diversificados, com desertos,
planícies, florestas e montanhas que abrigam uma grande variedade de espécies.
Os paleoindígenas que migraram da Ásia há quinze mil anos,
habitam o que é hoje o território dos Estados Unidos até os dias atuais. Esta
população nativa foi muito reduzida após o contato com os europeus devido a
doenças e guerras. Os Estados Unidos foram fundados pelas treze colônias do
Império Britânico localizadas ao longo da sua costa atlântica. Em 4 de julho de
1776, foi emitida a Declaração de Independência, que proclamou o seu direito à
autodeterminação e a criação de uma união cooperativa. Os estados rebeldes
derrotaram a Grã-Bretanha na Guerra Revolucionária Americana, a primeira guerra
colonial bem sucedida da Idade Contemporânea. A Convenção de Filadélfia aprovou
a atual Constituição dos Estados Unidos em 17 de setembro de 1787; sua
ratificação no ano seguinte tornou os estados parte de uma única república com
um forte governo central. A Carta dos Direitos, composta por dez emendas
constitucionais que garantem vários direitos civis e liberdades fundamentais,
foi ratificada em 1791.
Guiados pela doutrina do destino manifesto, os Estados
Unidos embarcaram em uma vigorosa expansão territorial pela América do Norte
durante o século XIX11 que resultou no deslocamento de tribos indígenas,
aquisição de territórios e na anexação de novos Estados. Os conflitos entre o
sul agrário e o norte industrializado do país sobre os direitos dos estados e a
expansão da instituição da escravatura provocaram a Guerra de Secessão, que
decorreu entre 1861 e 1865. A vitória do Norte impediu a separação do país e
levou ao fim da escravatura nos Estados Unidos. No final do século XIX, sua
economia tornou-se a maior do mundo e o país expandiu-se para o Pacífico. A
Guerra Hispano-Americana e a Primeira Guerra Mundial confirmaram o estatuto do
país como uma potência militar. A nação emergiu da Segunda Guerra Mundial como
o primeiro país com armas nucleares e como membro permanente do Conselho de
Segurança das Nações Unidas. O fim da Guerra Fria e a dissolução da União
Soviética deixaram-no como a única superpotência restante.
Os Estados Unidos são um país desenvolvido e formam a maior
economia nacional do mundo, com um produto interno bruto que em 2012 foi de
15,6 trilhões de dólares, equivalente a 19% do PIB mundial por paridade do
poder de compra (PPC) de 2011. Sua renda per capita era a sexta maior do mundo
em 2010, no entanto o país é o mais desigual dos membros da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conforme calculado pelo Banco
Mundial. Sua economia é alimentada pela abundância de recursos naturais, por
uma infraestrutura bem desenvolvida e pela alta produtividade; e, apesar de ser
considerada uma economia pós-industrial, o país continua a ser um dos maiores
fabricantes do mundo. Os Estados Unidos respondem por 39% dos gastos militares
do planeta e são um forte líder econômico, político e cultural.
História.
A História dos Estados Unidos é a história de um país
relativamente jovem, tendo declarado sua independência em 4 de julho de 1776,
da Inglaterra. Esta independência seria reconhecida pelos britânicos em 1783,
no Tratado de Paris. O território que atualmente constitui os Estados Unidos
fora habitado por dezenas de tribos nativas, anteriormente à chegada dos
primeiros exploradores europeus na região. Durante o século XVI e o século
XVII, estes territórios passaram a ser colonizados por diversos países europeus.
Os britânicos colonizaram a região da costa atlântica, onde
foram fundadas um total de Treze Colônias. Estas colônias, inicialmente muito
diferentes e afastadas politicamente e culturalmente entre si, uniram-se e
declararam sua independência em 4 de julho de 1776, tendo esta independência
sido reconhecida pelo Reino Unido após o fim da Revolução Americana de 1776, em
1783, sob os termos do Tratado de Paris. Desde então, os Estados Unidos
gradualmente evoluiriam em uma superpotência, passando a exercer crescente
influência política, econômica, militar e cultural no panorama mundial.
Diversas tribos nativas viviam na região que atualmente
constitui os Estados Unidos muito tempo antes da chegada dos primeiros
europeus. Cada um destes grupos indígenas era composto por diversas tribos com
culturas e idiomas semelhantes, que eram aliadas ou neutras entre si. Entre os
grupos indígenas dos Estados Unidos, destacam-se os iroqueses, os algonquinos,
os hurões, os sioux, os apaches, os uto-astecas, os havaianos e os esquimós.
Estas famílias indígenas estavam, por sua vez, divididas em várias tribos
menores. Não se sabe ao certo o número total de nativos indígenas que viviam
nos atuais Estados Unidos nos anos que precederam à chegada dos primeiros
europeus. Estima-se este número entre um a quinze milhões de índios, número que
também inclui astecas que viviam no sul dos atuais Estados Unidos.
Os primeiros colonos.
Os primeiros europeus chegaram ao longo do século XVI.
Diferentes nações exploraram e reivindicaram diferentes partes dos Estados
Unidos. Os espanhóis foram os primeiros a explorarem as atuais regiões de
Flórida, Texas, Novo México, Arizona e Califórnia. Tais regiões continuariam
sob controle hispânico até meados do século XIX. Os espanhóis fundaram o
primeiro assentamento permanente em atual território americano, St. Augustine,
em 28 de agosto de 1565. Os franceses instalaram-se ao longo da região central
dos atuais Estados Unidos, e os neerlandeses e suecos no nordeste. Durante a
década de 1640 os neerlandeses expulsaram os suecos da região.
A Virgínia foi a primeira colônia britânica nas Américas. A
colônia britânica de Virgínia foi fundada em 1606. Jamestown foi o primeiro
assentamento britânico fundado no continente americano. Os colonos britânicos
esperavam encontrar ouro ou outros metais preciosos, mas nada encontraram. Ao
invés disso, a Virgínia tornou-se uma colônia agrária, passando a exportar
tabaco para o Reino Unido a partir de 1612. A Virgínia também destaca-se por
ter sido a primeira colônia a criar um sistema de governo, a Casa de Burgess,
uma câmara legislativa.
Outras províncias coloniais britânicas logo foram fundadas
pelo Reino Unido, ao longo do Oceano Atlântico. Massachusetts foi fundada em
1620, e Nova Hampshire, em 1623. A colônia de Nova Iorque foi fundada em 1624.
Esta última colônia duplicaria após os britânicos terem expulsado os
neerlandeses do nordeste do atual Estados Unidos. Os neerlandeses estavam
instalados no que atualmente constitui o sul do Estado de Nova Iorque, em uma
colônia chamada Novos Países Baixos, cuja capital era Nova Amsterdam. Os Novos
Países Baixos foram capturados em 1664 pelos britânicos, e Nova Amsterdam foi
renomeada como Nova Iorque.
O primeiro assentamento permanente em Connecticut foi
fundado em 1633, Maryland em 1632, Rhode Island em 1636, Delaware em 1638,
Pensilvânia em 1643, Carolina do Norte em 1653, Nova Jérsei em 1660, e a
Carolina do Sul, em 1670. Maryland destaca-se por ter sido a primeira colônia a
permitir a livre prática de qualquer religião.
O Massachusetts destacou-se em seu pioneirismo na educação,
tendo fundado a Faculdade de Harvard - atual Universidade de Harvard - em 1636
- a primeira instituição de educação superior nos atuais Estados Unidos - e o
primeiro sistema de educação pública, em 1647. Entre a década de 1650 e a 1660,
os britânicos gradualmente conquistaram os Novos Países Baixos, tendo anexado
estas colônias neerlandesas definitivamente em 1664. Nova Amsterdão, capital e
maior cidade destas colônias, foi renomeada como Nova Iorque. Em 1672, a
primeira estrada de maior importância foi fundada nos Estados Unidos,
conectando Boston com Nova Iorque. O primeiro jornal foi fundado em 1704, em
Boston, sob o nome de Boston News-Letter.
Em 1663, o Rei Carlos II de Inglaterra cedeu a região
localizada entre a colônia britânica de Virgínia e a então colônia espanhola de
Flórida para oito diferentes proprietários. Esta região era então chamada de
Carolina. Em 1712, a Carolina foi dividida em três regiões. A região
setentrional tornou-se a Carolina do Norte, e a região central tornou-se a
Carolina do Sul. A região sul continuou escassamente habitado, e somente
tornou-se oficialmente colônia britânica em 1733, sob o nome de Geórgia.
Em 1753, a população dos Estados Unidos era de um 1,3 milhão
de habitantes. A economia do país então era baseada primariamente na
agricultura e na exportação de produtos agropecuários a outros países. Então,
as Treze Colônias já atraíam milhares de imigrantes anualmente, tornando-se uma
sociedade multicultural.
Povos nativos dos Estados
Unidos
Os povos nativos dos Estados Unidos são os povos nativos que
já habitavam o atual território dos Estados Unidos (incluindo o Alasca e o
Havaí) na época da chegada dos primeiros europeus. Eles compreendem um grande
número de tribos distintas, estados e grupos étnicos, muitos dos quais
sobrevivem intactos como comunidades políticas. A terminologia usada para se
referir aos nativos estadunidenses é controversa: de acordo com um conjunto de
entrevistas domiciliares do Census Bureau dos Estados Unidos realizado em 1995,
a maioria dos inquiridos mantém uma preferência expressa por continuar a
referir-se a si mesmos como os "índios estadunidenses" ou,
simplesmente, "índios".
A colonização européia das Américas levou séculos de
conflito às sociedades do Velho e Novo Mundo. A maior parte do registro
histórico escrito sobre os nativos estadunidenses foi feita pelos europeus após
o contato inicial. Os nativos estadunidenses viviam em sociedades de
caçadores/agricultor de subsistência com sistemas de valores significativamente
diferentes dos colonizadores europeus. As diferenças culturais entre os nativos
estadunidenses, de um lado e os europeus e seus descendentes, de outro lado,
levaram a grandes e duradouros conflitos bélicos e culturais.
Estimativas da população pré-colombiana do que hoje
constitui os Estados Unidos da América variam significativamente, variando de 1
a 18 milhões.
Após as colônias revoltarem-se contra a Grã-Bretanha e a
criação dos Estados Unidos da América, a ideologia do "destino
manifesto" tornou-se parte integrante do movimento estadunidense
nacionalista. No final do século XVIII, George Washington e Henry Knox
conceberam a ideia de "civilizar" os nativos estadunidenses na
preparação da cidadania estadunidense. A assimilação (seja voluntária, como os
Choctaw, ou forçada) tornou-se uma política coerente com as administrações
estadunidenses. No início do século XIX, a maioria dos estadunidenses nativos do
sul estadunidense foi removida de suas terras para acomodar a expansão
estadunidense sobre o Alabama, Flórida, Louisiana, Mississipi, Carolina do
Norte e Tennessee. Com a Guerra Civil Americana, muitas nações indígenas
estadunidenses foram transferidas para o oeste do Rio Mississipi. A maior
resistência dos índios estadunidenses aconteceu em forma de Guerras Indígenas,
que foram frequentes até a década de 1890.
Hoje, os estadunidenses nativos têm uma relação estabilizada
com os Estados Unidos da América. Suas sociedades e culturas florescem no meio
da grande população que emigrou da Europa, da África e da Ásia para os Estados
Unidos. Aos nativos estadunidenses que não eram cidadãos estadunidenses, foi
concedida a cidadania em 1924 pelo Congresso dos Estados Unidos.
Nativos americanos e
colonos europeus.
Acredita-se que os povos indígenas dos Estados Unidos
continentais, incluindo os nativos do Alasca, emigraram da Ásia. Eles começaram
a chegar há 12 ou 40 milênios, senão antes. Alguns, como a cultura mississippiana
pré-colombiana, desenvolveram agricultura avançada, arquitetura grandiosa e
sociedades estaduais. Mais tarde os europeus começaram a colonização das
Américas, muitos milhões de indígenas americanos morreram de epidemias de
doenças importadas, como a varíola.
Em 1492, o explorador Cristóvão Colombo sob contrato com a
coroa espanhola chegou a várias ilhas do Caribe, fazendo o primeiro contato com
os povos indígenas. Em 2 de abril de 1513, o conquistador espanhol Juan Ponce
de León desembarcou em o que ele chamou de "La Florida" — a primeira
visita européia documentada no que viria a ser os Estados Unidos Continentais.
Às colônias espanholas na Flórida seguiram-se outras no que é hoje o sudoeste
dos Estados Unidos, que atraíram milhares de colonos através do México. Os
comerciantes de peles franceses estabeleceram postos da Nova França em torno
dos Grandes Lagos; a França acabou por reivindicar a maior parte do interior da
América do Norte até o Golfo do México. O primeiro assentamento inglês bem
sucedido foi a Colônia da Virgínia em Jamestown, em 1607, e a Colônia de
Plymouth, dos chamados Peregrinos (em inglês: Pilgrim Fathers [pais peregrinos]
ou simplesmente Pilgrims), em 1620. O fretamento de 1628 da Colônia da Baía de
Massachusetts resultou em uma onda de migração; por volta de 1634, à Nova
Inglaterra tinha sido povoada por cerca de 10 000 puritanos. Entre o final dos
anos 1610 e a Revolução Americana, cerca de 50 000 prisioneiros foram enviados
para as colônias americanas da Grã-Bretanha. A partir de 1614, os holandeses se
estabeleceram ao longo do rio Hudson, nomeadamente na colônia de Nova Amsterdã
na ilha de Manhattan.
O navio Mayflower transportou os peregrinos para o Novo
Mundo em 1620. O Pacto do Mayflower, feito por esses colonos, estabeleceu
formas democráticas de governo para a nova terra.
Em 1674, os holandeses cederam seu território
norte-americano à Inglaterra; a província da Nova Holanda foi renomeada para
Nova Iorque. Muitos dos novos imigrantes, especialmente do Sul (cerca de dois
terços de todos os imigrantes da Virgínia) foram contratados como trabalhadores
temporários entre 1630 e 1680. A partir do final do século XVII, os escravos
africanos foram se tornando a principal fonte de trabalho forçado. Com a divisão
das Carolinas em 1729 e a colonização da Geórgia em 1732, foram estabelecidas
as treze colônias britânicas que se tornariam os Estados Unidos. Todas contavam
com um governo local eleito, estimulando o apoio ao republicanismo. Todas as
colônias legalizaram o comércio de escravos africanos. Com taxas de natalidade
altas, taxas de mortalidade baixas e imigração constante, a população colonial
cresceu rapidamente. O movimento cristão revivalista das décadas de 1730 e
1740, conhecido como o Grande Despertar, incentivou o interesse na religião e
na liberdade religiosa. Durante a Guerra Franco-Indígena, as forças britânicas
tomaram o Canadá dos franceses, mas a população francófona permaneceu isolada
política e geograficamente das colônias do sul. À exceção dos nativos
americanos (popularmente conhecidos como "índios americanos"), que
estavam sendo deslocados, as treze colônias tinham uma população de 2,6 milhões
de habitantes em 1770, cerca de um terço da Grã-Bretanha; cerca de um em cada
cinco norte-americanos eram escravos negros. Embora sujeitos aos impostos
britânicos, os colonos americanos não tinham representação no Parlamento da
Grã-Bretanha.
Independência e
expansão territorial.
As tensões entre colonos americanos e os britânicos durante
o período revolucionário dos anos 1770 e início dos anos 1760 levaram à Guerra
Revolucionária Americana, travada de 1775 até 1781. Em 14 de junho de 1775, o
Congresso Continental, em convocação na Filadélfia, criou um Exército
Continental sob o comando de George Washington. Proclamando que "todos os
homens são criados iguais e dotados de certos direitos inalienáveis", em 4
de julho de 1776 o Congresso aprovou a Declaração de Independência, redigida em
grande parte por Thomas Jefferson.Essa data é hoje comemorada como o Dia da
Independência dos Estados Unidos. Em 1777, os Artigos da Confederação
estabeleceram um fraco governo confederado que operou até 1789.
Após a derrota britânica por forças americanas apoiadas
pelos franceses, na Batalha de Yorktown, a Grã-Bretanha reconheceu a
independência dos Estados Unidos e a soberania dos estados sobre o território
americano a oeste do rio Mississippi. Uma convenção constitucional foi
organizada em 1787 por aqueles que desejavam estabelecer um governo nacional
forte, com poderes de tributação. A Constituição dos Estados Unidos foi
ratificada em 1788. Em 1789 tomaram posse o primeiro Senado e o primeiro
presidente (George Washington) da Nova República. Em 1791 foi adotada a Bill of
Rights (Declaração dos Direitos dos Cidadãos), que proíbe restrições federais
das liberdades pessoais e garante uma série de proteções legais.
As atitudes em relação à escravidão foram sendo alteradas;
uma cláusula na Constituição protegia o comércio de escravos africanos apenas
até 1808. Os estados do Norte aboliram a escravidão entre 1780 e 1804, deixando
os estados escravistas do Sul como defensores dessa "instituição
peculiar". O Segundo Grande Despertar, iniciado por volta de 1800, fez do
evangelicalismo uma força por detrás de vários movimentos de reforma social, entre
as quais o abolicionismo.
A ânsia americana de expansão para o oeste levou a uma longa
série de Guerras Indígenas e ao genocídio dos indígenas. A compra da Louisiana,
o território francês a sul, sob a presidência de Thomas Jefferson em 1803,
quase duplicou o tamanho da nação. A Guerra de 1812, travada contra a
Grã-Bretanha acabou num empate, reforçando o nacionalismo americano. Uma série
de incursões militares americanas na Flórida levaram a Espanha a ceder esse e
outros territórios na Costa do Golfo do México em 1819. A Trilha das Lágrimas
em 1830 exemplificou a política de remoção dos índios, que retirava os povos
indígenas de suas terras nativas. Os Estados Unidos anexaram a República do
Texas em 1845. O conceito de "Destino Manifesto" foi popularizado
durante essa época. O Tratado de Oregon, assinado com a Grã-Bretanha em 1846,
levou ao controle norte-americano do atual Noroeste dos Estados Unidos. A
vitória americana na Guerra Mexicano-Americana resultou na cessão da Califórnia
e de grande parte do atual Sudoeste dos Estados Unidos em 1848. A corrida do
ouro na Califórnia de 1848-1849 estimulou a migração ocidental. As ferrovias
construídas, no entanto, tornaram a deslocalização mais fácil para os colonos e
provocaram o aumento dos conflitos com os nativos americanos. Depois de meio
século, até 40 milhões de bisões americanos foram abatidos para peles e carne e
para facilitar a disseminação do transporte ferroviário. A perda do bisão, um
recurso fundamental para os Índios das Planícies, constituiu rude golpe para a
subsistência de muitas culturas nativas.
Guerra civil,
industrialização e imigração em massa.
As tensões entre os estados ditos livres e os estados
escravistas tiveram origem sobretudo em discussões sobre a relação entre os
governos estadual e federal e em conflitos violentos acerca da propagação da
escravidão em novos estados. Abraham Lincoln, candidato do Partido Republicano,
em grande parte abolicionista, foi eleito presidente em 1860. Antes da sua
tomada de posse, sete estados escravistas declararam sua secessão, o que o
governo federal sempre considerou ilegal, e formaram os Estados Confederados da
América.
Com o ataque confederado em Fort Sumter, a Guerra de
Secessão começou, e mais quatro estados escravistas aderiram à Confederação. A
Proclamação da Emancipação de Lincoln, em 1863, declarou livres os escravos da
Confederação. Após a vitória da União em 1865, três emendas à Constituição
americana garantiam a liberdade para quase quatro milhões de afro-americanos
que tinham sido escravos, fizeram-nos cidadãos e lhes deram direito ao voto. A
guerra e a sua resolução levaram a um aumento substancial do poder federal.
Após a guerra, o assassinato de Lincoln radicalizou as
políticas republicanas da Reconstrução na reinserção e reconstrução dos estados
do sul, assegurando os direitos dos escravos recém-libertos. A resolução da
disputada eleição presidencial de 1876 pelo compromisso de 1877 terminou com a
Era da Reconstrução; as Leis de Jim Crow iniciaram um período de perseguição aos
afro-americanos.
No Norte, a urbanização e um afluxo de imigrantes sem
precedentes da Europa meridional e oriental apressou a industrialização do
país. A onda de imigração, que durou até 1929, proveu trabalho e transformou a
cultura americana. O desenvolvimento da infraestrutura nacional estimulou o
crescimento econômico.
A compra do Alasca do Império Russo em 1867 completou a
expansão continental do país. O massacre de Wounded Knee, em 1890, foi o último
grande conflito armado das Guerras Indígenas. Em 1893, a monarquia indígena do
Reino do Havaí, no Pacífico, foi derrubada em um golpe de Estado liderado por
residentes norte-americanos; os Estados Unidos anexaram o arquipélago em 1898.
A vitória no mesmo ano da Guerra Hispano-Americana demonstrou que os Estados
Unidos eram uma grande potência mundial e levou à anexação de Porto Rico, Guam
e as Filipinas. As Filipinas conquistaram a independência meio século depois,
Porto Rico e Guam permanecem como territórios americanos.
Primeira Guerra
Mundial, Grande Depressão e Segunda Guerra Mundial.
Durante os primeiros anos da Primeira Guerra Mundial, que
eclodiu em 1914, os Estados Unidos mantiveram-se neutros. Apesar da maioria dos
americanos simpatizarem com os britânicos e com os franceses, muitos eram
contra uma intervenção. Em 1917, os Estados Unidos se juntaram aos Aliados,
ajudando a virar a maré contra as Potências Centrais. Após a guerra, o Senado
não ratificou o Tratado de Versalhes, que estabelecia a Liga das Nações. O país
seguiu uma política de unilateralismo, beirando o isolacionismo.
Em 1920, o movimento pelos direitos das mulheres conseguiu a
aprovação de uma emenda constitucional que concedia o sufrágio feminino. A
prosperidade dos Roaring Twenties ("anos 20 florescentes, alegres,
ruidosos ou vívidos") terminou com a quebra da Bolsa de Valores de Nova
Iorque em 1929, que desencadeou a Grande Depressão. Após sua eleição como
presidente em 1932, Franklin Delano Roosevelt respondeu à crise social e
econômica com o New Deal ("novo acordo"), uma série de políticas de
crescente intervenção governamental na economia. O Dust Bowl de meados da
década de 1930 empobreceu muitas comunidades agrícolas e estimulou uma nova
onda de imigração ocidental.
Os Estados Unidos, neutros durante as fases iniciais da
Segunda Guerra Mundial, iniciada com a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista
em setembro de 1939, começaram a fornecer material para os Aliados em março de
1941 através do programa Lend-Lease (Lend-Lease Act; "Lei de empréstimo e
arrendamento"). Em 7 de dezembro de 1941, o Império do Japão lançou um
ataque surpresa a Pearl Harbor, o que levou os Estados Unidos a se juntar aos
Aliados contra as potências do Eixo e ao internamento compulsivo de milhares de
americanos de origem japonesa. A participação na guerra estimulou o
investimento de capital e a capacidade industrial do país. Entre os principais
combatentes, os Estados Unidos foram o único país a se tornar muito mais rico,
ao contrário dos restantes aliados, que empobreceram por causa da guerra.
As conferências dos aliados em Bretton Woods e Yalta
delinearam um novo sistema de organizações internacionais que colocou os
Estados Unidos e a União Soviética no centro da política geoestratégica
mundial. Como a vitória foi conquistada na Europa, uma conferência
internacional realizada em 1945 em São Francisco produziu a Carta das Nações
Unidas, que se tornou ativa depois da guerra. Tendo desenvolvido as primeiras
armas nucleares, os Estados Unidos, usaram-nas sobre as cidades japonesas de
Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945. O Japão se rendeu em 2 de setembro do
mesmo ano, marcando o fim da guerra.
Guerra Fria e
protestos políticos.
Os Estados Unidos e a União Soviética disputaram a
supremacia mundial após a Segunda Guerra Mundial, durante o período chamado de
Guerra Fria, cujos principais atores a nível militar na Europa foram
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o Pacto de Varsóvia. Os
Estados Unidos promoviam a democracia liberal e o capitalismo, enquanto a União
Soviética promovia o comunismo e uma economia planificada. Ambos apoiavam
ditaduras e estavam envolvidos em guerras por procuração. As tropas americanas combateram
as forças comunistas chinesas na Guerra da Coréia de 1950-53. O Comitê de
Atividades Antiamericanas seguiu uma série de investigações sobre suspeitas de
subversões de esquerda, enquanto o senador Joseph McCarthy tornou-se a figura
emblemática do sentimento anticomunista.
O lançamento soviético de 1961 do primeiro vôo tripulado fez
com que o presidente John F. Kennedy lançasse o repto dos Estados Unidos serem
o primeiro país a aterrissar um homem na lua, o que foi realizado em 1969.82
Kennedy também enfrentou uma tensa crise motivado pela presença de forças
soviéticas em Cuba que por pouco não provocou um confronto nuclear. Entretanto,
os Estados Unidos experimentaram uma expansão econômica sustentada. Ao mesmo
tempo, cresceu o movimento dos direitos civis, simbolizado e liderado por
afro-americanos, como Rosa Parks e Martin Luther King Jr, usando a
não-violência para enfrentar a segregação e a discriminação. Após o assassinato
de Kennedy em 1963, a Lei de Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos ao
Voto de 1965 foram aprovadas pelo presidente Lyndon B. Johnson. Johnson e seu
sucessor, Richard Nixon, expandiram uma guerra por procuração no sudeste da
Ásia para a mal sucedida Guerra do Vietnã. Um amplo movimento de contracultura
cresceu, alimentado pela oposição à guerra, o nacionalismo negro e a revolução
sexual. Betty Friedan, Gloria Steinem e outros levaram uma nova onda de
feminismo que buscava a igualdade política, social e econômica das mulheres.
Como consequência do escândalo de Watergate, em 1974 Nixon
se tornou o primeiro presidente americano a renunciar, para evitar sofrer um
impeachment (impugnação do mandato) sob as acusações de obstrução da justiça e
abuso de poder, sendo sucedido pelo vice-presidente Gerald Ford. A
administração de Jimmy Carter da década de 1970 foi marcada pela estagflação e
a crise dos reféns do Irã. A eleição de Ronald Reagan como presidente em 1980,
anunciou uma virada à direita na política norte-americana, refletida em grandes
mudanças na tributação e nas prioridades dos gastos. Seu segundo mandato foi
marcado pelo escândalo Irã-Contras e pelo significativo progresso diplomático
com a União Soviética. O posterior colapso soviético pôs fim à Guerra Fria.
Era contemporânea.
Sob a presidência de George H. W. Bush, os Estados Unidos
assumiram um papel de liderança na ONU sancionando a Guerra do Golfo. A maior
expansão econômica da história moderna americana ocorreu de março de 1991 a
março de 2001, abrangendo a administração de Bill Clinton e a "Bolha da
Internet". Uma ação judicial civil e um escândalo sexual levaram ao
impeachment de Clinton em 1998, mas ele permaneceu no cargo.
A eleição presidencial de 2000, uma das mais acirradas e
controversas da história dos Estados Unidos, que chegou a envolver suspeitas de
fraude e outras dúvidas na contagem de votos, foi resolvida por uma decisão da
Suprema Corte dos Estados Unidos, que declarou George W. Bush, filho de George
H. W. Bush, presidente. Na manhã de 11 de setembro de 2001, terroristas da
organização fundamentalista islâmica al-Qaeda atacaram o complexo do World Trade
Center, em Nova York, e o prédio do Pentágono, nos arredores de Washington,
D.C., causando a morte de cerca de três mil pessoas. Em resposta aos atentados,
o governo Bush lançou a chamada Guerra ao Terror e, no final de 2001, forças
norte-americanas lideraram uma invasão ao Afeganistão, removendo o governo
Taliban e acabando com campos de treinamento da al-Qaeda. Insurgentes do
Taliban, no entanto, continuam (2011) a travar uma guerra de guerrilha no país.
Em 2002, a administração Bush começou a pressionar uma mudança de regime no
Iraque por motivos controversos. Sem o apoio da OTAN ou da ONU para uma
intervenção militar, o governo Bush organizou e liderou uma coalizão de forças
militares para invadir preventivamente o Iraque em 2003, removendo o ditador
Saddam Hussein do poder. Em 2005, o furacão Katrina causou profundos danos ao
longo da Costa do Golfo, devastando a cidade de Nova Orleans, na Louisiana.
Em 2008, em meio a uma recessão econômica global, o primeiro
presidente afro-americano, Barack Obama, foi eleito. Dois anos depois, grandes
reformas nos sistemas de saúde e financeiro do país foram decretadas. Em 2011,
um ataque de SEALs da marinha norte-americana matou o líder da rede al-Qaeda,
Osama Bin Laden, na cidade de Abbottabad, no Paquistão. A Guerra do Iraque
acabou oficialmente com a retirada das tropas norte-americanas restantes do
país em dezembro de 2011. No 11º aniversário dos ataques de 11 de setembro, e
menos de um ano após os Estados Unidos colaborarem com a queda do ditador líbio
Muammar Gaddafi, duas instalações norte-americanas foram atacadas na Líbia, o
que resultou na primeira morte de um embaixador estadunidense desde 1979. Em
outubro de 2012, o furacão Sandy causou vasta destruição no litoral das regiões
Nordeste e do Médio Atlântico dos Estados Unidos. Em abril de 2013, um ataque
terrorista aconteceu durante a Maratona de Boston; foi o primeiro atentado
terrorista reconhecido no país desde o 11 de setembro de 2001.
Geografia, clima e
biodiversidade.
A geografia dos Estados Unidos é extremamente diversificada,
em parte, por causa da grande extensão territorial do país, que é o quarto
maior do mundo (ver Lista de países e territórios por área). Os Estados Unidos
compreendem grande parte da América do Norte, limitando a norte com o Canadá, a
leste com o oceano Atlântico, a sul com o golfo do México e com o próprio México,
e a oeste com o oceano Pacífico.
O país possui grandes florestas temperadas na costa leste e
noroeste, pantanais na Flórida, grandes planícies e o sistema fluvial do
Mississippi-Missouri na região central, as Montanhas Rochosas a oeste das
planícies, desertos e zonas costeiras a oeste das Montanhas Rochosas e
florestas úmidas temperadas no noroeste da costa do Pacífico. As regiões
árcticas do Alasca e as ilhas vulcânicas do Havaí aumentam ainda a diversidade
geográfica e climática.
O mapa político dos Estados Unidos está dividido em três
distintas secções: O Alasca, conectado em terra apenas com o Canadá, à leste; o
Havaí, um arquipélago localizado no meio do Oceano Pacífico, e o Estados Unidos
Continental, que compreende os 48 Estados localizados na América do Norte que
possui uma área de 7 824 535,379 km² . A fronteira dos Estados Unidos
Continental com o Canadá é a mais longa fronteira não defendida do mundo.
A área dos Estados Unidos contíguos é de aproximadamente 7
824 535,379 km² sendo que 7 652 712,978 km² são terra emersa. O Alasca,
separado dos Estados Unidos contíguos pelo Canadá, é o maior estado com 1 529
887,847 km². O Havaí, um arquipélago no Pacífico central, a sudoeste da América
do Norte, tem cerca de 16 752,043 km². A seguir à Rússia e ao Canadá, os
Estados Unidos são a quarta maior nação do mundo em área total (terra e água),
posição abaixo da China. A classificação varia conforme a estimativa da área
total dos Estados Unidos utilize as águas territoriais marítimas, porém, pelo padrão
de agrimensura, que considera apenas terra e águas internas a posição é a
quarta. Assim, 9 826 675 km² segundo o CIA World Factbook, que contabiliza as
águas costeiras e territoriais, 9 629 091 km² segundo Divisão de Estatísticas
das Nações Unidas, que considera as águas costeiras e territoriais dos grandes
lagos e 9 522 055 km² segundo a Encyclopædia Britannica, que considera as águas
territoriais dos grandes lagos. Incluindo apenas a área terrestre, os Estados
Unidos são o terceiro maior país do mundo em superfície, atrás da Rússia e da
China e à frente do Canadá.
Os Estados Unidos são considerados um "país
megadiverso": cerca de 17 000 espécies de plantas vasculares ocorrem nos
Estados Unidos Continentais e no Alasca, e mais de 1 800 espécies de plantas
são encontradas no Havaí, algumas das quais ocorrem no continente. Os Estados
Unidos são o lar de mais de 400 espécies de mamíferos, 750 de aves e 500 de
répteis e anfíbios. Cerca de 91 000 espécies de insetos têm sido registradas.
O território nacional conta com múltiplas formas de
acidentes geográficos e é comum dividir-se a parte dos Estados Unidos na
América do Norte excluindo o Alasca em três grandes regiões orográficas: a
ocidental, a central e a oriental. À medida que se avança para o interior, a
planícies costeiras do litoral Atlântico dão lugar a bosques caducifólios e à
meseta de Piedmont. Os Apalaches separam a costa oriental dos Grandes Lagos das
pradarias do centro-oeste. As montanhas de Serra Nevada e a Cordilheira das
Cascatas (Cascade Range) se encontram próximas à costa do Pacífico. O Monte
McKinley, no Alasca, com 6 194 metros de altitude, é o ponto mais alto do país
e de todo o continente.Os vulcões ativos são comuns ao longo do Alasca e nas
Ilhas Aleutas e no estado do Havaí só existem ilhas.
O principal sistema hidrográfico do país, formado pelos rios
Mississipi e Missouri e o terceiro maior sistema fluvial do mundo, percorre o
centro dos Estados Unidos de norte a sul. A pradaria plana e fértil das Grandes
Planícies se estende até ao oeste, até ser interrompida por uma região de
terras altas no sudoeste. As Montanhas Rochosas, na borda ocidental das Grandes
Planícies, atravessam a nação do norte até o sul, chegando a altitudes
superiores a 3 400 metros. Ainda na região oeste encontram-se a Grande Bacia do
Nevada (Great Basin) e desertos, como o de Mojave, Sonora e Chihuahua.
Sua grande extensão e variedade geográfica, inclui a maioria
dos tipos de clima.A leste do meridiano oeste, o clima varia de continental
úmido no norte, a subtropical úmido no sul. A ponta sul da Flórida é tropical,
assim como o Havaí. As Grandes Planícies a oeste do meridiano são semiáridas. Grande parte das montanhas
ocidentais são alpinas. O clima é árido na Grande Bacia, desértico no sudoeste,
mediterrânico na costa da Califórnia e oceânico nas costas do Oregon e de
Washington e sul do Alasca. A maior parte do Alasca é subártico ou polar.
Climas extremos não são incomuns; os países do Golfo do México são propensos a
furacões e a maioria dos tornados do mundo ocorrem no interior do país,
principalmente na Tornado Alley ("Alameda dos Tornados"), no
Centro-Oeste.
A Endangered Species Act de 1973 protege espécies ameaçadas
e seus habitats, que são monitorados pelo United States Fish and Wildlife Service.
Há 58 parques nacionais e centenas de outros parques, florestas e áreas
naturais geridas pelo governo federal. No total, o governo detém 28,8% da área
terrestre do país. A maior parte desta área está protegida, apesar de algumas
serem alugadas para perfuração de poços de petróleo e gás natural, mineração,
exploração madeireira ou pecuária; 2,4% é usado para fins militares.
Clima.
Devido à grande extensão territorial (quarto país em maior
extensão) dos Estados Unidos, o clima do país varia muito, de região à região.
A Flórida possui um clima subtropical, enquanto o Alasca possui um clima polar.
Vastas porções do país têm um clima continental, com verões tépidos e invernos
frios. Algumas partes dos Estados Unidos, em particular partes da Califórnia,
têm um clima mediterrânico. No geral, porém, a maior parte dos Estados Unidos
possui um clima temperado ou sub-tropical, marcado por quatro distintas
estações, com mudanças regulares de temperatura e precipitação.
A temperatura média anual varia de -13 °C em Barrow, Alasca,
a 25,7 °C, no Vale da Morte, Califórnia. A temperatura mais alta já registrada
no país foi no Vale da Morte, Califórnia. A temperatura alcançada, à sombra,
foi de 57 °C, em 10 de julho de 1913. A temperatura mais baixa já registrada
foi em Barrow, Alasca. A temperatura alcançada foi de -62 °C, em 23 de janeiro
de 1971. A precipitação média anual varia entre 5 centímetros no Vale da Morte
até 1170 centímetros no Havaí.
Relevo.
Os Estados Unidos dispõem de três grandes faixas de relevo
do leste para o oeste e são classicamente divididos segundo a Divisória
Continental da América do Norte. A região oeste do país é formada por um relevo
recente da era secundária e terciária; no centro-oeste do país elevam-se as
Montanhas Rochosas, com picos que ultrapassam os 4000m, enquanto que na costa
noroeste do Alasca dominam as Montanhas Costeiras. Na costa da Califórnia a
Cadeia Costeira do Pacífico é interrompida pelo estreito Golden Gate, que é o
ponto de ligação do vale central da Califórnia com o mar.
O ponto mais alto dos Estados Unidos é o Monte McKinley, no
Alasca. Fora do Alasca, o ponto mais elevado é o Monte Whitney, na Califórnia.
A região do Midwest é dominada pelas Grandes Planícies.
A maior ilha do país é a Ilha Havai, com 10 433 km².
A paisagem dos Estados Unidos varia de região para região. O
país possui grandes florestas temperadas na costa leste, e no noroeste,
pantanais na Georgia, grandes planícies e o sistema fluvial do
Mississippi-Missouri na região central, as Montanhas Rochosas a oeste das
planícies, desertos e zonas costeiras a oeste das Montanhas Rochosas, e
florestas úmidas temperadas no noroeste da costa do Pacífico. As regiões
árticas ao norte do Alasca e as ilhas vulcânicas do Havaí aumentam ainda a
diversidade geográfica e climática do país.
O mapa político dos Estados Unidos está dividido em três
distintas secções: O Alasca, conectado em terra apenas com o Canadá, a leste; o
Havaí, um arquipélago localizado no meio do Oceano Pacífico, e os Estados
Unidos Continentais, que compreendem os 48 Estados localizados a sul do Canadá.
A fronteira dos Estados Unidos Continentais com o Canadá é a mais longa
fronteira contínua do mundo, sendo terrestre e lacustre. Os Estados Unidos
possuem três fronteiras terrestres, duas com o Canadá (norte dos 48 Estados
continentais e a leste do Alasca) e uma com o México. Os Estados Unidos também
fazem fronteira marítima com a Rússia, a oeste do Alasca, através do Estreito
de Bering.
Idiomas.
O inglês é a língua nacional de fato. Embora não haja
nenhuma língua oficial em nível federal, algumas leis, como os requisitos para
naturalização, padronizam o inglês.Em 2006, cerca de 224 milhões de pessoas, ou
80% da população com idades entre cinco anos ou mais, falava apenas inglês em
casa. O espanhol, falado em casa por 12% da população, é o segundo idioma mais
comum e a segunda língua estrangeira mais ensinada. Alguns americanos defendem
o inglês como a língua oficial do país, como é em, pelo menos, vinte e oito
estados do país.Tanto o havaiano quanto o inglês são as línguas oficiais no
Havaí por lei estadual.
Enquanto não tem uma língua oficial, o Novo México tem leis
que prevêem a utilização dos idiomas inglês e espanhol, a Louisiana tem leis
para o inglês e o francês. Outros estados, como a Califórnia, obrigam a
publicação de versões em espanhol de alguns documentos do governo, incluindo de
tribunais.Vários territórios insulares concedem o reconhecimento oficial para
suas línguas nativas, juntamente com o inglês: samoano e chamorro são
reconhecidas pela Samoa Americana e Guam, respectivamente; caroliniano e o
chamorro são reconhecidos pelas Ilhas Marianas do Norte, o espanhol é uma língua
oficial de Porto Rico.
Religião.
Os Estados Unidos são oficialmente uma nação secular; a
Primeira Emenda da Constituição do país garante o livre exercício da religião e
proíbe a criação de um governo religioso.
Em um estudo de 2002, 59% dos americanos disseram que a
religião teve um papel "muito importante em suas vidas", um número
muito maior do que qualquer outra nação desenvolvida. De acordo com uma
pesquisa de 2007, 78,4% dos adultos se identificaram como cristãos, contra
86,4% em 1990. Denominações protestantes representavam 51,3%, enquanto o
catolicismo romano, com 23,9%, foi a maior denominação individual. O estudo
classifica os protestantes brancos, 26,3% da população, como o maior grupo
religioso do país; outro estudo estima protestantes de todas as raças em
30-35%.
O total religiões não cristãs em 2007 foi de 4,7% , acima
dos 3,3% em 1990. Os maiores credos não cristãos foram o judaísmo (1,7%),
budismo (0,7%), islamismo (0,6%), hinduísmo (0,4%) e o Unitário-Universalismo
(0,3%). 8,2% da população em 1990, contra 16,1% em 2007, descreveu-se como
agnóstico, ateu, ou simplesmente sem-religião.
A religião nos Estados Unidos é uma história de
diversidades, devido em larga parte à composição demográfica multicultural da
nação.
A maioria dos cidadãos adultos dos Estados Unidos adere ao
Cristianismo (78.5%, sendo que os protestantes são maioria, com mais da metade
da população). Numa pesquisa feita em 2001, 15% da população adulta declarou
não ter nenhuma afiliação religiosa, ainda que significativamente menor do que
em outros países industrializados como a Grã Bretanha (44%) e a Suécia (69%).).
O Judaísmo é a segunda religião mais proeminente, com as estimativas que variam
de 2.8 milhões (ou de 1.3%) ao redor de 4.1 milhões de adultos. Outras
religiões minoritárias incluem o Budismo com cerca de 0.5% (ou 1.1 milhão) e
0.7% na população adulta, Islão com cerca de 0.5% (ou 1.1 milhão) e 0.6% da população
adulta de o Hinduísmo ao redor de 0.4% (ou 766,000).
O marketing religioso americano é bastante volátil, com
quase metade dos adultos americanos que deixam a tradição da fé a uma ou outra
fidelidade ou abandonam a afiliação religiosa completamente, de acordo com um
estudo feito em 25 de fevereiro de 2005.
Diversas das 13 colônias originais foram estabelecidas pelos
colonizadores ingleses que desejavam praticar sua própria religião sem
discriminação. A Pensilvânia foi estabelecida pelos Quakers, Maryland pelos
católicos romanos e a colônia da Baía de Massachusetts por Puritanos. Os EUA
foram um dos primeiros países a decretar a separação entre Igreja e Estado e a
liberdade religiosa. Modelando as provisões a respeito da religião dentro do
Estatuto da Virgínia para a liberdade religiosa, os fundadores da Constituição
dos Estados Unidos rejeitaram o teste religioso para o escritório, e a Primeira
Emenda negou especificamente ao governo central qualquer poder para decretar
toda lei que estabeleça uma religião oficial, ou proibindo seu exercício livre.
Os fundadores foram influenciados principalmente por ideais do Iluminismo, mas
consideraram também os interesses pragmáticos dos grupos religiosos
minoritários que não quiseram estar sob o poder ou a influência de uma religião
do estado que não os representasse.
Crime e aplicação da
lei.
A aplicação da lei nos Estados Unidos é sobretudo da
responsabilidade da polícia local e dos departamentos de xerifes, com polícias
estaduais que prestam serviços mais amplos. As agências federais, como o
Escritório Federal de Investigação (FBI) e os U.S. Marshals Service, têm
funções especializadas. No nível federal e em quase todos os estados, a
jurisprudência opera em um sistema de common law. Tribunais estaduais julgam a
maioria dos crimes; tribunais federais julgam certos crimes designados, bem
como apelos de alguns sistemas estaduais.
Entre os países desenvolvidos, os Estados Unidos têm níveis
acima da média de crimes violentos e níveis particularmente altos de violência
armada e de homicídio. Em 2007, havia 5,6 homicídios por 100 mil pessoas, três
vezes a taxa do vizinho Canadá. A taxa de homicídios do país, que diminuiu 42%
entre 1991 e 1999, permaneceu aproximadamente constante desde então. O direito
de civis possuírem armas é objeto de um controverso debate político.
Os Estados Unidos têm a maior taxa registrada de
encarceramento e a maior população carcerária total do mundo. No início de
2008, mais de 2,3 milhões de pessoas foram presas, mais de um em cada 100
adultos. A taxa atual é de cerca de sete vezes o valor de 1980. Prisões de
afro-americanos são em cerca de seis vezes maior que a taxa de prisão de homens
brancos e três vezes a taxa de homens latinos. Em 2006, a taxa de
encarceramento americano foi mais de três vezes o valor da taxa da Polônia,
país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a
segunda taxa mais alta. A elevada taxa de encarceramento do país deve-se, em
grande parte, à condenação e às políticas de drogas.
Embora tenha sido abolida na maioria das nações ocidentais,
a pena capital é sancionada nos Estados Unidos para certos crimes federais e
militares, e em trinta e seis estados. Desde 1976, quando a Suprema Corte dos
Estados Unidos restabeleceu a pena de morte depois de uma moratória de quatro
anos, houve mais de 1.000 execuções. Em 2006, o país teve o sexto maior número
de execuções no mundo, na sequência de China, Irã, Paquistão, Iraque e Sudão.
Em 2007, Nova Jérsei se tornou o primeiro estado a abolir legislativamente a
pena de morte desde a decisão de 1976 da Suprema Corte, seguida do Novo México
em 2009.
Política.
Os Estados Unidos são a federação mais antiga do mundo. O
país é uma república constitucional e uma democracia representativa, "em
que a regra da maioria é temperada por direitos das minorias protegidos por
lei". O governo é regulado por um sistema de separação de poderes definido
pela Constituição, que serve como documento legal supremo do país. No sistema
federalista estado-unidense, os cidadãos são geralmente sujeitos a três níveis
de governo: federal, estadual e local; funções de governo local são geralmente
divididas entre os condados e os governos municipais. Em quase todos os casos,
funcionários do executivo e do legislativo são eleitos pelo voto da maioria dos
cidadãos do distrito. Não há representação proporcional no nível federal e isso
é muito raro em níveis inferiores.
O governo federal é composto de três ramos:
Legislativo:
Congresso bicameral, composto pelo Senado e pela Câmara dos Representantes, faz
a lei federal, declara guerras, aprova tratados e tem o poder de impeachment,
pelo qual pode remover membros efetivos do governo.
Executivo: o
Presidente é o comandante-em-chefe das forças armadas, pode vetar projetos de
lei antes de se tornar lei e nomeia os membros do Conselho de Ministros
(sujeito à aprovação do Senado) e outros poderes, que administram e fazem
cumprir as leis e políticas federais.
Judiciário: A
Suprema Corte e tribunais inferiores, cujos juízes são nomeados pelo presidente
com a aprovação do Senado, interpretam as leis e derrubam aquelas que são
inconstitucionais.
A Câmara dos Representantes tem 435 membros votantes, cada
um representando um distrito do Congresso para um mandato de dois anos.
Cadeiras na Câmara são distribuídas entre os estados pela população a cada dez
anos. De acordo com o censo de 2000, sete estados têm um mínimo de um
representante, enquanto a Califórnia, o estado mais populoso, tem cinquenta e
três. O Senado tem 100 membros com cada estado tendo dois senadores, eleitos
para mandatos de seis anos, um terço das cadeiras do Senado estão acima para a
eleição a cada ano. O presidente serve um mandato de quatro anos e pode ser
eleito não mais do que duas vezes.
O presidente não é eleito pelo voto direto, mas por um
sistema de colégio eleitoral indireto em que os votos são distribuídos de forma
determinada por estado, para um mandato de quatro anos, podendo ser reeleito
não mais de duas vezes. Cada estado recebe uma determinada quantidade de votos
de acordo com o número de congressistas dentro do poder legislativo: senadores
(dois por cada estado) e representantes (que variam de acordo com a população
de cada estado); dando um total de 538 membros. O sistema bipartidarista
permite que um dos candidatos à presidência, seja do partido republicano o
democrata, precise de apenas duzentos e setenta votos para assegurar a vitória.
A Suprema Corte, liderada pelo Chefe de Justiça dos Estados Unidos, tem nove
membros.
Os governos estaduais estão estruturados de forma mais ou
menos semelhante, Nebraska, excepcionalmente, tem uma legislatura unicameral. O
governador (chefe executivo) de cada estado é eleito por sufrágio direto.
Alguns juízes estaduais e agentes do gabinete são nomeados pelos governadores
dos respectivos estados, enquanto outros são eleitos pelo voto popular.
Todas as leis e procedimentos governamentais são passíveis
de recurso judicial e a que foi julgada em desacordo com a Constituição é
anulada. O texto original da Constituição estabelece a estrutura e as
responsabilidades do governo federal e sua relação com os estados. O Artigo
Primeiro protege o direito ao "grande decreto" do habeas corpus e o
Artigo Terceiro garante o direito a um julgamento com júri em todos os casos
criminais. Emendas à Constituição exigem a aprovação de três quartos dos
estados. A Constituição foi alterada vinte e sete vezes; as dez primeiras
emendas, que constituem a Carta dos Direitos, e a Décima Quarta Emenda formam a
base central dos direitos individuais dos americanos.
Forças armadas.
Os super-porta-aviões USS Kitty Hawk, USS Ronald Reagan e
USS Abraham Lincoln, da Marinha, com caças e um bombardeiro B-2 Spirit, da
Força Aérea dos Estados Unidos, à frente.
O presidente detém o título de comandante-em-chefe das
forças armadas do país e nomeia seus dirigentes, o secretário de defesa e o
Chefe do Estado-Maior Conjunto. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos
administra as forças armadas, incluindo o Exército, Marinha, Corpo de
Fuzileiros Navais e da Força Aérea. A Guarda Costeira é executada pelo
Departamento de Segurança Interna em tempos de paz e pelo Departamento da
Marinha em tempos de guerra. Em 2008, as forças armadas tinham 1,4 milhões de
pessoas na ativa. As Reservas da Guarda Nacional elevam o número total de
tropas para 2,3 milhões. O Departamento de Defesa também empregou cerca de
700.000 civis, não incluindo empreiteiros.
O serviço militar é voluntário, embora a conscrição possa
ocorrer em tempos de guerra através do chamado Sistema de Serviço Seletivo. As
forças estado-unidenses podem ser rapidamente implantadas pela grande frota de
aviões de transporte da Força Aérea, onze aviões ativos da Marinha e Marine
Expeditionary Unit no mar com frotas da Marinha no Atlântico e no Pacífico.
Fora dos Estados Unidos, os militares operam 865 bases e instalações, com o
pessoal destacado para mais de 150 países. A extensão da presença militar
global tem levado alguns estudiosos a descrever os Estados Unidos como a
manutenção de um "império de bases".
O total de gastos militares dos Estados Unidos em 2008 foi
de mais de 600 bilhões de dólares, superior a 41% da despesa militar mundial e
maior do que todos os próximos quatorze maiores gastos militares nacionais
somados. O gasto per capita de 1.967 dólares foi cerca de nove vezes superior à
média mundial; com 4% do PIB, a taxa foi a segunda mais alta entre os quinze
maiores gastadores militares, depois da Arábia Saudita. A base proposta pelo
Departamento de Defesa para o orçamento de 2010, 533,8 bilhões de dólares, é um
aumento de 4% em relação a 2009 e 80% maior que em 2001, um adicional de 130
bilhões de dólares é proposto para as campanhas militares no Iraque e no
Afeganistão. Em setembro de 2009, havia cerca de 130 mil soldados americanos
enviados ao Iraque e 62 mil mobilizados para o Afeganistão. Até 9 de outubro de
2009, os Estados Unidos haviam sofrido com 4 349 militares mortos durante a
Guerra do Iraque e 869 durante a Guerra no Afeganistão.
Relações
internacionais.
Os Estados Unidos exercem uma forte influência econômica,
política e militar em todo o mundo. O país é um membro permanente do Conselho
de Segurança das Nações Unidas e Nova Iorque hospeda a sede das Nações Unidas.
Quase todos os países têm embaixadas em Washington D.C. e muitos consulados em
todo o país. Da mesma forma, quase todas as nações acolhem missões diplomáticas
americanas. No entanto, Cuba, Irã, Coréia do Norte, Butão, Sudão e a República
da China (Taiwan) não têm relações diplomáticas formais com os Estados Unidos.
Os Estados Unidos mantêm laços fortes com o Reino Unido,
Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coréia do Sul e Israel. Trabalha em
estreita colaboração com outros membros da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN) sobre questões militares e de segurança e com seus vizinhos por
meio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e tem acordos de livre
comércio trilateral, como o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio com o
Canadá e o México. Em 2008, os Estados Unidos gastaram 25,4 bilhões de dólares
líquidos em assistência oficial ao desenvolvimento em grande parte do mundo. Em
percentagem do produto nacional bruto (PNB), no entanto, a contribuição
americana de 0,18% ficou em último lugar entre os vinte e dois Estados
doadores. Em contraste, as doações particulares ao exterior dos americanos são
relativamente generosas, particularmente com Israel.
Economia.
Os Estados Unidos têm uma economia mista capitalista, que é
abastecida por recursos naturais abundantes, uma infraestrutura bem
desenvolvida e pela alta produtividade.206 De acordo com o Fundo Monetário
Internacional, o PIB dos Estados Unidos de 14,4 trilhões de dólares representa
24% do produto interno bruto mundial no mercado de câmbio e quase 21% do
produto interno bruto mundial em paridade do poder de compra (PPC). O maior PIB
nacional do mundo era cerca de 5% menor do que o PIB combinado da União Europeia
em PPC, em 2008. O país ocupa a décima sétima posição no mundo em termos de PIB
nominal per capita e a sexta posição em PIB per capita PPC.
Os Estados Unidos são o maior importador e terceiro maior
exportador de bens, embora as exportações per capita sejam relativamente
baixas. Em 2008, o déficit comercial total dos E.U.A. foi de 696 bilhões de
dólares. Canadá, China, México, Japão e Alemanha são os seus principais
parceiros comerciais. A China é o maior detentor da dívida externa pública dos EUA.Depois
de uma expansão que durou pouco mais de seis anos, a economia americana entrou
em recessão desde dezembro de 2007, recuperando-se em 2010. Os Estados Unidos
ocupam o segundo lugar no Global Competitiveness Report.
Em 2009, estimou-se que o setor privado constituía 55,3% da
economia do país; a atividade do governo federal,24,1%; e as atividades dos
estados e de administrações locais (incluindo as transferências federais), os
restantes 20,6%.212 A economia é pós-industrial, com o setor de serviços
contribuindo com 67,8% do PIB, embora os Estados Unidos continuem a ser uma
potência industrial.213 Os Estados Unidos são o terceiro maior produtor de
petróleo do mundo, bem como o seu maior importado. É o maior produtor do mundo de energia
elétrica e nuclear, assim como de gás natural liquefeito, enxofre, fosfatos e
sal. Enquanto a agricultura representa menos de 1% do PIB, os Estados Unidos
são o maior produtor mundial de milho e soja. A Bolsa de Valores de Nova Iorque
é a maior do mundo em volume de dólares.Coca-Cola e McDonald's são as duas
marcas do país mais reconhecidas no mundo.
No terceiro bimestre de 2009, a força de trabalho do país era
composta por 154,4 milhões de pessoas. Desses trabalhadores, 81% tinham emprego
no setor de serviços. Com 22,4 milhões de pessoas, o governo é o principal
campo de trabalho. Cerca de 12% dos trabalhadores são sindicalizados, contra
30% na Europa Ocidental. O Banco Mundial classifica os Estados Unidos em
primeiro lugar na facilidade de contratação e demissão trabalhadores. Entre
1973 e 2003, um ano de trabalho para o americano médio cresceu 199 horas. Em
parte como resultado disso, os Estados Unidos mantém a maior produtividade do
trabalho no mundo. Em 2008, ele também levou a produtividade por hora do mundo,
ultrapassando a Noruega, França, Bélgica e Luxemburgo, que havia superado os
Estados Unidos durante a maior parte da década anterior. Em relação à Europa, a
propriedade e as taxas de imposto de renda americanas são geralmente mais
elevadas, enquanto trabalho e, particularmente, as taxas de imposto sobre o
consumo são menores.
Infraestrutura.
Ciência e tecnologia.
Os Estados Unidos tem sido um líder em pesquisa científica e
em inovação tecnológica desde o século XIX. Em 1876, Alexander Graham Bell
conquistou a primeira patente americana para o telefone. O laboratório de
Thomas Edison desenvolveu o primeiro fonógrafo, a primeira lâmpada
incandescente, a primeira câmera de vídeo viável. Nikola Tesla foi o pioneiro
da corrente alternada, do motor AC e do rádio. No início do século XX, as empresas
de automóveis de Ransom E. Olds e Henry Ford promoveram a linha de montagem. Os
irmãos Wright, em 1903, fizeram o primeiro objeto sustentado e controlado mais
pesado que o ar voar.
A ascensão do nazismo na década de 1930 levou muitos
cientistas europeus, incluindo Albert Einstein e Enrico Fermi, a imigrar para
os Estados Unidos. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Projeto Manhattan
desenvolveu armas nucleares, dando início à Era Atômica. A Corrida Espacial
produziu rápidos avanços no desenvolvimento de foguetes, da ciência dos
materiais e de computadores. Os Estados Unidos também tiveram grande
contribuição no desenvolvimento da ARPANET e de sua sucessora, a Internet.
Hoje, a maior parte do financiamento para pesquisa e desenvolvimento, 64%, vem
do setor privado. Os Estados Unidos lideram no mundo em trabalhos de pesquisa científica
e fator de impacto. Os americanos possuem níveis de consumo tecnologicamente
avançados, e quase metade dos lares têm acesso à banda larga. O país é o
principal desenvolvedor e produtor de alimentos geneticamente modificados. Mais
da metade das terras cultivadas com culturas transgênicas do mundo está nos
Estados Unidos.
Educação.
Cerca de 80% dos estudantes universitários americanos
frequentam universidades públicas como a Universidade da Virgínia, um
Patrimônio Mundial fundado por Thomas Jeferson.
A educação pública americana é operada por governos
estaduais e municipais, sendo regulada pelos Departamento de Educação dos
Estados Unidos através de restrições sobre as subvenções federais. Crianças são
obrigadas na maioria dos estados a frequentar a escola desde os seis ou sete
anos (em geral, pré-escola ou primeira série) até os dezoito (geralmente até o
décimo segundo grau, ao final do ensino médio); alguns estados permitem que os
estudantes deixem a escola aos dezesseis ou dezessete anos. Cerca de 12% das
crianças estão matriculadas em escolas paroquiais ou escolas privadas não
sectárias. Pouco mais de 2% das crianças fazem ensino doméstico.
Os Estados Unidos têm muitas instituições públicas e
privadas de ensino superior competitivas, bem como faculdades de comunidades
locais com políticas abertas de admissão. Dos americanos com 25 anos ou mais,
84,6% concluíram o ensino superior, 52,6% frequentavam alguma faculdade, 27,2%
recebiam um diploma de bacharel e 9,6% frequentavam uma pós-graduação. A taxa
de alfabetização é de cerca de 99% da população. A Organização das Nações
Unidas atribui aos Estados Unidos um índice de educação de 0,97, classificando-o
na 12ª posição no mundo.
De acordo com a Unesco, os Estados Unidos são o segundo país
com o maior número de instituições de educação superior no mundo, com um total
de 5 758, com um ponto médio de quinze por cada estado.241 O país conta com o
maior número de estudantes universitários do mundo, ascendendo a 14 621 778,
correspondente a 4.5% da população total. Lá encontram-se algumas das
universidades mais prestigiosas e de maior fama no mundo. Harvard, Berkeley,
Stanford e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts são consideradas como as
melhores universidades por muitas de suas publicações.
Transportes.
O Sistema Interestadual de Autoestradas, que se estende por
75 376 quilômetros de rodovias expressas.
Sendo um país desenvolvido, os Estados Unidos conta com uma
avançada infraestrutura de transportes: 6 465 799 quilômetros de autoestradas,
226 427 quilômetros de vias férreas e 41 009 quilômetros de vias fluviais. A
maior parte seus habitantes utiliza o automóvel como o principal meio de
transporte. Em 2003, havia 759 automóveis para cada 1.000 americanos, em
comparação com os 472 automóveis para cada 1.000 habitantes da União Europeia
no ano seguinte. Cerca de 40% dos veículos pessoais são vans, utilitários esportivos
ou caminhões leves.O americano adulto médio (contabilização de todos os que
dirigem e não dirigem) gasta 55 minutos dirigindo por dia, viajando 47 km.
A indústria da aviação civil é totalmente privada, enquanto
a maioria dos grandes aeroportos são de propriedade pública. As quatro maiores
companhias aéreas do mundo em passageiros transportados são americanos; Southwest
Airlines é a número um. Dos trinta aeroportos mais movimentados por passageiros
do mundo, dezesseis estão nos Estados Unidos, sendo o mais movimentado deles o
Aeroporto Internacional de Atlanta Hartsfield-Jackson, o maior do mundo.
Enquanto o transporte ferroviário de mercadorias é extenso, relativamente
poucas pessoas usam transporte ferroviário em viagens, dentro ou entre as
cidades. O transporte de massa contabiliza 9% do total de viagens de trabalho
dos Estados Unidos, comparado aos 38,8% na Europa. O uso de bicicletas é
mínimo, bem abaixo dos níveis europeus.
Energia.
O consumo energético total do país é de 3,873 bilhões lWh
anuais, equivalente a um consumo per capita de 7,8 toneladas de petróleo ao
ano. Em 2005, 40% da energia provinha do petróleo, 23% do carvão e 22% de gás
natural; o resto provinha de centrais nucleares e de fontes de energia
renovável. Os Estados Unidos são o maior consumidor de petróleo e gás natural:
anualmente são utilizados 19,15 milhões de barris de petróleo/dia e 683,3 mil
milhões de metros cúbicos/dia de gás natural (2010). Por outro lado, no país
são encontradas 27% das reservas mundiais de carvão. Durante décadas, a energia
nuclear teve um papel julgado na produção de energia, em comparação à maioria
dos países desenvolvidos, devido em parte à reação após o acidente de Three
Mile Island. Em 2007, o governo recebeu múltiplas petições para a construção de
novas centrais nucleares, o que poderia significar uma diminuição considerável
no consumo de combustíveis fósseis e mudanças na política energética.
Saúde.
A expectativa de vida dos Estados Unidos é de 77,8 anos ao
nascer, um ano menor do que o valor global da Europa Ocidental, e de três a
quatro anos menor do que as taxas da Noruega, Suíça e Canadá. Ao longo das
últimas duas décadas, a classificação do país em expectativa de vida caiu de
11ª posição para a 42ª no mundo. A taxa de mortalidade infantil é de 6,37 por
mil, colocando o país também na 42ª posição entre 221 países, atrás de toda a
Europa Ocidental. Aproximadamente um terço da população adulta do país é obesa
e um terço adicional tem excesso de peso; a taxa de obesidade, a mais alta do
mundo industrializado, mais do que duplicou no último quarto de século. A
obesidade relacionada com o diabetes tipo 2 é considerada uma epidemia pelos
profissionais de saúde.
A taxa de gravidez na adolescência no país é de 53 por 1.000
mulheres, seis vezes superior à da França e quatro vezes superior à da
Alemanha. A legalização do aborto é altamente controversa. Muitos estados
proíbem o financiamento público do processo e restringem o aborto, exigem a
notificação parental para os menores de idade e o mandato de um período de
espera. Apesar de a taxa de aborto estar caindo, a taxa de aborto de 241 por
1.000 nascidos vivos e taxa de abortamento de 15 por mil mulheres com idade
entre 15-44 anos permanecem superiores aos da maioria das nações ocidentais.
O sistema de saúde americano gasta muito mais que qualquer
sistema de saúde de outra nação, seja em gastos per capita ou em percentagem do
PIB. A Organização Mundial de Saúde classificou o sistema de saúde americano,
em 2000, como o primeiro em capacidade de resposta, mas o 37º em desempenho
global. Os Estados Unidos são um líder em inovação médica. Em 2004, o setor não
industrial gastou três vezes mais per capita do que a Europa em pesquisa
biomédica.
Os Estados Unidos são sede dos melhores hospitais do mundo.
Grande parte das instalações médicas são de propriedade privada que contam com
alguns subsídios do governo local. Apesar de serem associações sem fins
lucrativos, muitos dos hospitais mais importantes estão afiliados a grandes
corporações ou faculdades de medicina, que têm feito o possível para albergarem
70% de todos os pacientes médicos do país. O Hospital Johns Hopkins, a Mayo
Clinic e o Massachusetts General Hospital se encontram entre os melhores hospitais
do país e do mundo.
Ao contrário de todos os outros países desenvolvidos, a
cobertura de saúde nos Estados Unidos não é universal. Em 2004, os seguros
privados pagaram por 36% dos gastos pessoais de saúde, os pagamentos privados
corriqueiros por 15%, e os pagamentos federais, estaduais e de governos locais
por 44%.275 Em 2005, 46,6 milhões de americanos, ou 15,9% da população, eram
não segurados, 5,4 milhões a mais que em 2001. A principal causa deste aumento
é a queda no número de americanos com seguro de saúde patrocinado por
empregadores. A questão de americanos não segurados é uma importante questão
política. Um estudo de 2009 estimou que a falta de seguro está associada com cerca
de 45.000 mortes por ano.Em 2006, Massachusetts se tornou o primeiro estado do
país a ter um mandato de seguro de saúde universal. Uma legislação federal
aprovada no início de 2010 irá criar um sistema de seguro de saúde quase
universal em todo o país até 2014.
Cultura.
Os Estados Unidos são uma nação multicultural, lar de uma
grande variedade de grupos étnicos, tradições e valores. 9 284 Além das já
pequenas populações nativas americanas e nativas do Havaí, quase todos os
americanos ou os seus antepassados emigraram nos últimos cinco séculos. A
cultura em comum pela maioria dos americanos é a cultura ocidental em grande
parte derivada das tradições de imigrantes europeus, com influências de muitas
outras fontes, tais como as tradições trazidas pelos escravos da África. 9 286
287 A imigração mais recente da Ásia e especialmente da América Latina
adicionou uma mistura cultural que tem sido descrita tanto como homogeneizada
quanto heterogênea, já que os imigrantes e seus descendentes mantêm
especificidades culturais.
De acordo com a análise de dimensões culturais de Geert
Hofstede, os Estados Unidos têm maior pontuação de individualismo do que
qualquer país estudado. Apesar da cultura dominante de que os Estados Unidos
sejam uma sociedade sem classes, estudiosos identificam diferenças
significativas entre as classes sociais do país, que afetam a socialização,
linguagem e valores. A classe média e profissional americana iniciou muitas
tendências sociais contemporâneas como o feminismo moderno, o ambientalismo e o
multiculturalismo. A autoimagem dos americanos, dos pontos de vista social e de
expectativas culturais, é relacionada com as suas profissões em um grau de
proximidade incomum. Embora os americanos tendam a valorizar muito a realização
sócio-econômica, ser parte da classe média ou normal é geralmente visto como um
atributo positivo. Embora o sonho americano, ou a percepção de que os
americanos gozam de uma elevada mobilidade social, desempenhe um papel
fundamental na atração de imigrantes, alguns analistas acreditam que os Estados
Unidos têm menos mobilidade social que a Europa Ocidental e o Canadá.
As mulheres na sua maioria trabalham fora de casa e recebem
a maioria dos diplomas de bacharel. Em 2007, 58% dos americanos com 18 anos ou
mais eram casados, 6% eram viúvos, 10% eram divorciados e 25% nunca haviam sido
casados. O casamento entre pessoas do mesmo sexo é um tema controverso no país.
Alguns estados permitem uniões civis, em vez do casamento. Desde 2003, vários
estados têm permitido o casamento entre homossexuais, como resultado de ação
judicial ou legislativa, enquanto os eleitores em mais de uma dezena de Estados
proibiram a prática através de referendos. Em 2013 foi aprovada a lei que
permite a união civil por casais homossexuais em todo o território dos Estados
Unidos.
Esportes.
Desde finais do século XIX, o beisebol é considerado como o
esporte nacional, enquanto o futebol americano, o hóquei no gelo e o basquete
são outros três grandes esportes de equipe profissionais. As ligas
universitárias também atraem grandes audiências. O futebol americano é o
esporte mais popular no país.299 300 O boxe e a corrida de cavalo foram uma vez
os esportes individuais mais vistos, mas foram substituídos pelo golfe e o
automobilismo. O futebol vem crescendo de popularidade desde a criação da MLS.
A maioria dos esportes mais importantes do país evoluíram de
práticas européias, como o basquete, o voleibol, a animação e o snowboarding
são esportes criados dentro do território nacional. O lacrosse e o surfe
surgiram de povos ameríndios e nativos do Havaí. O Comitê Olímpico dos Estados
Unidos organizou, em 1904, os Jogos Olímpicos de Verão, em St. Louis, Missouri;
os Jogos de Los Angeles em 1932 e 1984 e mais recentemente os Jogos de Atlanta
em 1996. Em 2004, os Estados Unidos conseguiram um total de 103 medalhas, das
quais 35 eram de ouro. O país conquistou, ao total, 2 301 medalhas em Jogos
Olímpicos de Verão, onde é o país que mais venceu, e nos Jogos Olímpicos de
Inverno, onde é o segundo país no ranking total, atrás apenas da Noruega.
Culinária.
As principais artes culinárias americanas são semelhantes às
de outros países ocidentais. O trigo é o principal cereal. A cozinha
tradicional americana utiliza ingredientes como peru, veado, carne de cervo de
rabo branco, batata, batata doce, milho, abóbora e xarope de bordo, alimentos
utilizados pelos povos nativos americanos e pelos colonizadores europeus. Carne
de porco lentamente cozida e churrasco de carne, crabcakes, batata frita e
cookies de chocolate são pratos distintamente americanos. A soul food,
desenvolvida por escravos africanos, é popular em todo o Sul e entre muitos
afro-americanos em todo o país. O sincretismo, como o presente nas culinárias
crioula da Louisiana, Cajun e Tex-Mex, é regionalmente importante.
Pratos característicos como a torta de maçã, frango frito,
pizza, hambúrgueres e cachorros-quentes decorrem das receitas de diversos
imigrantes. Batatas fritas, pratos mexicanos como tacos e burritos e pratos de
massas livremente adotados a partir de fontes italianas são amplamente
consumidos. Americanos geralmente preferem café a chá. O marketing feito por
indústrias do país é largamente responsável pela onipresença de suco de laranja
e leite no café da manhã. Durante os anos 1980 e 1990, a ingestão calórica dos
americanos aumentou 24%;311 as frequentes refeições de fast food estão
associadas com o que as autoridades de saúde chamam a "epidemia de
obesidade" nos Estados Unidos. Refrigerantes adoçados são amplamente
populares; bebidas adoçadas são responsáveis por 9% da ingestão calórica do
americano médio.
Mídia.
A primeira exposição comercial de filme do mundo foi feita
em Nova Iorque em 1894, usando o cinetoscópio de Thomas Edison. No ano seguinte
foi feita a primeira exibição comercial de um filme projetado, também em Nova
York, e os Estados Unidos estavam na vanguarda do desenvolvimento do cinema
sonoro nas décadas seguintes. Desde o início do século XX, a indústria
cinematográfica americana tem sido largamente sediada nos arredores de
Hollywood, na Califórnia. O diretor D. W. Griffith foi central para o
desenvolvimento da gramática cinematográfica, e o filme Cidadão Kane (1941) de
Orson Welles é frequentemente citado como o melhor filme de todos os tempos.
Atores cinematográficos americanos como John Wayne e Marilyn Monroe se tornaram
figuras icônicas, enquanto o produtor/empresário Walt Disney foi um líder em
filmes animados e de merchandising. Os grandes estúdios cinematográficos de
Hollywood têm produzido os filmes de maior sucesso comercial da história, como
Star Wars (1977) e Titanic (1997), e os produtos de Hollywood hoje dominam a
indústria cinematográfica mundial.
Os americanos são os maiores espectadores de televisão do
mundo, e o tempo médio de visualização continua a aumentar, chegando a cinco
horas por dia em 2006. As quatro grandes redes de televisão do país são todas
entidades comerciais. Americanos ouvem programas de rádio, também largamente
comercializado, em média, pouco mais de duas horas e meia por dia. Além de
portais e motores de busca, os sites mais populares no país são o Facebook,
YouTube, Wikipédia, Blogger, eBay, Google e Craigslist.
Os estilos rítmicos e vocais da música negra americano
influenciaram profundamente a música americana em geral, distinguindo-a das
tradições europeias. Elementos da música folclórica, como o blues e o que é
agora conhecido como old-time music, foram aprovadas e transformadas em gêneros
populares com público global. O jazz foi desenvolvido por artistas inovadores,
tais como Louis Armstrong e Duke Ellington no início do século XX. A música
country foi desenvolvida na década de 1920, e o rhythm and blues na década de
1940. Elvis Presley e Chuck Berry foram um dos pioneiros do rock and roll em
meados dos anos 1950. Em 1960, Bob Dylan surgiu a partir do american folk music
revival para se tornar um dos compositores mais célebres do país e James Brown
liderou o desenvolvimento do funk. Mais recentes criações musicais americanas
incluem o rap e a house music. Astros pop americanos como Elvis Presley,
Michael Jackson e Madonna tornaram-se celebridades globais.
Literatura, filosofia
e artes.
No século XVIII e início do século XIX, a arte e a
literatura americana tinham a maioria das suas influências da Europa.
Escritores como Nathaniel Hawthorne, Edgar Allan Poe e Henry David Thoreau
estabeleceram uma voz literária americana distinta em meados do século XIX.
Mark Twain e o poeta Walt Whitman foram figuras importantes na segunda metade
do século; Emily Dickinson, praticamente desconhecida durante sua vida, é agora
reconhecida como uma poetisa americana fundamental. Algumas obras são
consideradas sínteses dos aspectos fundamentais da experiência nacionais e
caráter, como Moby Dick (1851) de Herman Melville, As Aventuras de Huckleberry
Finn (1885) de Mark Twain e The Great Gatsby (1925) de F. Scott Fitzgerald,
obra apelidada de "Great American Novel".
Onze cidadãos americanos ganharam o Prêmio Nobel de
Literatura, mais recentemente, Toni Morrison, em 1993. Ernest Hemingway, Prêmio
Nobel de 1954, é muitas vezes apontado como um dos escritores mais influentes
do século XX. Gêneros literários populares, como a ficção ocidental e a Hard
Boiled foram desenvolvidas nos Estados Unidos. Os escritores da Geração Beat
abriram novas abordagens literárias, assim como os autores pós-modernos, tais
como John Barth, Thomas Pynchon e Don DeLillo.
Os transcendentalistas, liderados por Thoreau e Ralph Waldo
Emerson, estabeleceram o primeiro grande movimento filosófico americano. Após a
Guerra Civil, Charles Sanders Peirce e William James e John Dewey foram os
líderes no desenvolvimento do pragmatismo. No século XX, o trabalho de W. V. O.
Quine e Richard Rorty, construído em cima de Noam Chomsky, trouxe a filosofia
analítica à frente dos acadêmicos americanos. John Rawls e Robert Nozick
levaram o renascimento da filosofia política.
Nas artes visuais, a Escola do Rio Hudson foi um movimento
de meados do século XIX, na tradição do naturalismo europeu. O Armory Show de
1913, em Nova York, uma exposição de arte moderna europeia, chocou o público e
transformou a cena artística americana. Georgia O'Keeffe, Marsden Hartley e
outras experiências com novos estilos, exibindo uma sensibilidade muito
individualista. Importantes movimentos artísticos como o expressionismo
abstrato de Jackson Pollock e Willem de Kooning e da arte pop de Andy Warhol e
Roy Lichtenstein foram desenvolvidos em grande parte nos Estados Unidos.
Um dos primeiros promotores principais do teatro americano
foi o empresário P. T. Barnum, que começou um complexo de entretenimento em
Manhattan em 1841. A equipe de Harrigan e Hart produziu uma série de comédias
musicais populares em Nova York no final dos anos 1870. No século XX, a forma
moderna de musicais surgiu na Broadway, as canções de compositores de teatro
musical, como Irving Berlin, Cole Porter e Stephen Sondheim, tornaram-se
padrões pop. O dramaturgo Eugene O'Neill ganhou o Prêmio Nobel de literatura em
1936.332 Outros dramaturgos americanos aclamados incluem vários vencedores do
Prêmio Pulitzer como Tennessee Williams, Edward Albee e August Wilson.
Apesar de largamente ignorado na época, o trabalho de
Charles Ives na década de 1910 estabeleceu-o como o primeiro grande compositor
americano na tradição clássica; outros experimentalistas, tais como Henry
Cowell e John Cage, criaram uma abordagem americana de composição clássica.
Aaron Copland e George Gershwin desenvolveram uma síntese única de música
popular e clássica. As coreógrafas Isadora Duncan e Martha Graham ajudaram a
criar a dança moderna, enquanto George Balanchine e Jerome Robbins eram líderes
no balé do século XX. Os americanos têm sido importantes no meio artístico da
fotografia moderna, com grandes fotógrafos, incluindo Alfred Stieglitz, Edward
Steichen e Ansel Adams. As tirinhas de jornais e os comics são inovações
americanas. Superman, o super-herói dos quadrinhos por excelência, tornou-se um
ícone americano.