No seu auge, a
tempestade foi qualificada como de forte a severa pelo Laboratório
Espacial Goddard, da Nasa, nos arredores de Washington.
A tempestade de
partículas carregadas vindas do Sol --o chamado vento solar-- foi
gerada depois que a gigantesca mancha solar 1302 expeliu uma rajada
de material solar, na manhã de sábado, segundo nota da Nasa.
A mancha 1302 era
grande a ponto de poder ser vista sem telescópio a partir da Terra,
embora isso fosse desaconselhável devido aos riscos para o olho
humano. Ela tem cerca de 160 mil quilômetros de diâmetro, espaço
suficiente para caberem dez Terras lado a lado.
A tempestade solar
gerada pela ejeção de massa atingiu o nível G3, numa escala que
vai de G1 a G5, segundo a NOAA.
A "labareda"
propriamente dita foi da categoria X1,9, chegando perto do topo da
escala, mas os cientistas dizem que isso já era esperado na atual
fase do ciclo solar, que tem duração de 11 anos. O pico da
atividade solar, segundo os cientistas, vai ocorrer em meados de
2013.
As tempestades solares
podem interferir em satélites, redes elétricas e sistemas de
navegação como o GPS, mas ao que tudo indica a atual tempestade não
causou grandes transtornos. Pessoas em latitudes muito baixas podem
ter visto auroras boreais mais fortes.
Isso provavelmente
ocorreu porque a mancha solar 1302 ficava perto da borda do disco
solar que vemos da Terra. Por isso, segundo a NOAA, a tempestade
atingiu apenas "de raspão" o campo magnético que cerca o
nosso planeta.
Se tivesse atingido a
Terra em cheio, disse a agência, "a tempestade geomagnética
poderia ter atingido níveis 'severos' a 'extremos'."
A movimentação do Sol
e da Terra nos últimos três dias já colocariam a mancha em posição
frontal, mas sua atividade já parece ter diminuído, segundo os
cientistas.