domingo, 9 de junho de 2013
Resumão: Continente Europeu (parte 3).
História.
Pré-história:
Os Homo erectus e os Neanderthalis habitavam a Europa bem
antes do surgimento dos humanos modernos, os Homo sapiens. Os ossos dos
primeiros europeus foram achados em Dmanisi, Geórgia, e datados de 1,8 milhões
de anos. O primeiro aparecimento do povo anatomicamente moderno na Europa é
datado de 35 000 a.C. Evidências de assentamentos permanentes datam do 7°
milénio/milênio a.C. na Bulgária, Roménia e Grécia.29 O período neolítico
chegou na Europa central no 6° milénio a.C. e em partes da Europa Setentrional
no 5° e 4° milênio a.C. A civilização Tripiliana (5508-2750 a.C.) foi a
primeira grande civilização da Europa e uma das primeiras do mundo; era
localizada na Ucrânia moderna e também na Moldávia e Roménia. Foi provavelmente
mais antiga que os Sumérios no Oriente Próximo, e tinha cidades com 15 000
habitantes que cobriam 450 hectares.
Começando no Neolítico, tem-se a civilização de Camunni no
Val Camonica, Itália, que deixou mais de 350 000 petróglifos, o maior sítio
arqueológico da Europa.
Também conhecido como Idade do Cobre, o Calcolítico europeu
foi um tempo de mudanças e confusão. O fato mais relevante foi a infiltração e
invasão de imensas partes do território por povos originários da Ásia Central,
considerado pelos principais historiadores como sendo os originais
indo-europeus, mas há ainda diversas teorias em debate. Outro fenômeno foi a
expansão do Megalitismo e o aparecimento da primeira significante
estratificação econômica e, relacionado a isso, as primeiras monarquias conhecidas
da região dos Balcãs. A primeira civilização bem conhecida da Europa foi as dos
Minoicos da ilha de Creta e depois os Micenas em adjacentes partes da Grécia,
no começo do 2° milênio a.C.
Embora o uso do ferro fosse de conhecimento dos povos egeus
por volta de 1100 a.C., não chegou à Europa Central antes de 800 a.C., levando
ao início da Cultura de Hallstatt, uma evolução da Idade do Ferro (que até
então se encontrava na Cultura dos Campos de Urnas). Provavelmente como subproduto
desta superioridade tecnológica, pouco depois os indo-europeus consolidam
claramente suas posições na Itália e na Península Ibérica, penetrando
profundamente naquelas penínsulas (Roma foi fundada em 753 a.C.).
Antiguidade Clássica:
Os gregos e romanos deixaram um legado na Europa que é
evidente nos pensamentos, leis, mentes e línguas atuais. A Grécia Antiga foi
uma união de cidades-estado, na qual uma primitiva forma de democracia se
desenvolveu. Atenas foi sua cidade mais poderosa e desenvolvida, e um berço de
ensinamento nos tempos de Péricles. Fóruns de cidadãos aconteciam e o
policiamento do estado deu ordem ao aparecimento dos mais notáveis filósofos
clássicos, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Como rei do Reino Grego da Macedônia,
as campanhas militares de Alexandre o Grande espalharam a cultura helênica até as
nascentes do rio Indo.
Mas a República Romana, alicerçada pela vitória sobre
Cartago nas Guerras Púnicas, estava crescendo na região. A sabedoria grega
passada às instituições romanas, assim como a própria Atenas foi absorvida sob
a bandeira do senado e do povo de Roma. Os romanos expandiram seu império desde
a Arábia até a Bretanha. Em 44 a.C. quando atingiu o seu ápice, seu líder,
Júlio César foi morto sob suspeitas de estar corrompendo a república para se
tornar um ditador. Na sucessão, Otaviano usurpou as raízes do poder e dissolveu
o senado romano. Quando proclamou o renascimento da república ele, de fato,
transferiu o poder do senado romano quando república para um império, o Império
Romano.
Idade Média:
Quando o Imperador Constantino I reconquistou Roma sob a
bandeira da Cruz em 312, ele rapidamente editou o Édito de Milão em 313,
declarando legal o cristianismo no Império Romano. Além disso, Constantino I
mudou oficialmente a capital do império, Roma, para a colônia grega de
Bizâncio, que ele renomeou para Constantinopla ("Cidade de
Constantino"). Em 395, Teodósio I, que tornou o cristianismo religião
oficial do Império Romano, iria ser o último imperador a comandar o Império
Romano em toda a sua unidade, sendo depois o império dividido em duas partes: O
Império Romano do Ocidente, centrado em Ravenna, e o Império Romano do Oriente
(depois referido como Império Bizantino) centrado em Constantinopla. A parte
ocidental foi seguidamente atacada por tribos nômades germânicas, e em 476
finalmente caiu sob a invasão dos Hérulos comandados por Odoacro.
A autoridade romana no Oeste entrou em colapso e as
províncias ocidentais logo tornaram-se pedaços de reinos germânicos.
Entretanto, a cidade de Roma, sob o comando da Igreja Católica Romana
permaneceu como um centro de ensino, e fez muito para preservar o pensamento
clássico romano na Europa Ocidental. Nesse meio-tempo, o imperador romano em
Constantinopla, Justiniano I, conseguiu com sucesso, montar toda a lei romana
no Corpus Juris Civilis (529-534). Por todo o século VI, o Império Romano do
Oriente esteve envolvido numa série de conflitos sangrentos, primeiro contra o
Império Sassânida, depois pelo Califado Rashidun. Em 650, as províncias do
Egito, Palestina e Síria foram perdidas para forças muçulmanas.
Na Europa Ocidental, uma estrutura política surgia: no vácuo
do poder deixado pelo colapso de Roma, hierarquias locais foram construídas sob
a união das pessoas nas terras que eram trabalhadas. Dízimos eram pagos ao
senhor da terra e este senhor devia tributos ao príncipe regional. Os dízimos
eram usados para financiar o estado e as guerras. Esse foi o sistema feudal, no
qual novos príncipes e reis apareceram, no qual o maior deles foi o líder
Franco Carlos Magno. Em 800, Carlos Magno, após as suas grandes conquistas
territoriais, foi coroado Imperador dos Romanos ("Imperator
Romanorum") pelo Papa Leão III, afirmando efetivamente o seu poder na
Europa Ocidental. O reinado de Carlos Magno marcou o começo dum novo império
germânico no oeste, o Sacro Império Romano. Para além das suas fronteiras novas
forças estavam crescendo. O Principado de Kiev estava delimitando o seu
território, a Grande Morávia estava crescendo, enquanto os anglos e os saxões
estavam confirmando as suas fronteiras.
Idade Moderna:
O Renascimento foi um movimento cultural que afetou
profundamente a vida intelectual européia no seu período pré-moderno. Começando
em Itália, e espalhando-se de norte a oeste, o renascimento durou
aproximadamente 250 anos e a sua influência afetou a literatura, filosofia,
arte, política, ciência, história, religião entre outros aspectos de indagação
intelectual.
O italiano Francesco Petrarca (Francesco di Petracco),
suposto primeiro legítimo humanista, escreveu na década de 1330: "Estou
vivo agora, ainda que eu prefira ter nascido noutro tempo". Ele era um
entusiasta da antiguidade romana e grega. Nos séculos XV e XVI, o contínuo
entusiasmo pela antiguidade clássica foi reforçado pela idéia de que a cultura
herdada estava se dissipando e de que havia um conjunto de idéias e atitudes
com que seria possível reconstruí-la. Matteo Palmieri escreveu em 1430:
"Agora, com certeza, todo espírito pensante deve agradecer a Deus, porque
a ele foi permitido nascer numa nova era". O Renascimento fez nascer uma
nova era em que aprender era muito importante.
Importantes precedentes políticos aconteceram neste período.
O político Nicolau Maquiavel escreveu "O Príncipe" que influenciou o
posterior absolutismo e a política pragmática. Também foram importantes os
diversos líderes que governaram estados e usaram a arte da Renascença como
sinal de seus poderes.
Durante esse período, a corrupção da Igreja Católica levou a
uma dura reação, na Reforma Protestante. E ela ganhou muitos seguidores,
especialmente entre príncipes e reis buscando um estado forte para acabar com a
influência da igreja católica. Figuras como Martinho Lutero começaram a surgir,
assim também como João Calvino com o seu Calvinismo que teve influência em
muitos países e o rei Henrique VIII da Inglaterra que rompeu com a igreja
católica e fundou a Igreja Anglicana. Essas divisões religiosas trouxeram uma
onda de guerras inspiradas e conduzidas religiosamente, mas também pela ambição
dos monarcas na Europa Ocidental que se tornavam cada vez mais centralizadas e
poderosas.
A reforma protestante também levou a um forte movimento
reformista na igreja católica chamado Contra-Reforma, que tinha como objetivo
reduzir a corrupção, assim como aumentar e fortalecer o dogma católico. Um
importante grupo da igreja católica que surgiu nessa época foram os Jesuítas,
que ajudaram a manter a Europa Oriental na linha católica de pensamento. Mesmo
assim, a igreja católica foi fortemente enfraquecida pela reforma e, grande
parte do continente não estava mais sob sua influência e os reis nos países que
continuaram no catolicismo começaram a anexar as terras da igreja para os seus
próprios domínios.
A Era dos
Descobrimentos:
As numerosas guerras não impediram que os novos estados
explorassem e conquistassem largas porções do mundo, particularmente na Ásia
(Sibéria)31 e a recém-descoberta América. No século XV, Portugal liderou a
exploração geográfica, seguido pela Espanha no começo no século XVI. Eles foram
os primeiros estados a fundar colônias na América e estações de troca nas
costas da África e da Ásia, porém logo foram seguidos pela França, Inglaterra e
Holanda. Em 1552, o czar Russo Ivan, o Terrível conquistou os dois maiores
canatos tártaros, Casã e Astracã, e a viagem de Yermak em 1580, que levou a
anexação da Sibéria pela Rússia.
A expansão colonial prosseguiu-se nos anos seguintes (mesmo
com alguns empecilhos, como a Revolução Americana e as guerras pela
independência em muitas colônias americanas). A Espanha controlou parte da
América do Norte e grande parte da América Central e do Sul, as Caraíbas/o
Caribe e Filipinas.; Portugal teve em suas mãos o Brasil e a maior parte dos
territórios costeiros em África e na Ásia (Índia e pequenos territórios na
China etc.); Os britânicos comandavam a Austrália, Nova Zelândia, maior parte
da Índia e grande parte da África e América do Norte; a França comandou partes
do Canadá e da Índia (porém quase tudo foi perdido para os britânicos em 1763),
a Indochina, grandes terras na África e Caribe; a Holanda ganhou as Índias
Orientais (hoje Indonésia) e algumas ilhas no Caribe; países como
Alemanha, Bélgica, Itália e Rússia conquistaram colônias posteriormente.
Essa expansão ajudou a economia dos países que a fizeram. O
comércio prosperou, por causa da menor estabilidade entre os impérios. No final
do século XVI, a prata americana era responsável por 1/5 de todo o comércio da
Espanha. Os países europeus travaram guerras que foram pagas através do
dinheiro conseguido com a exploração das colônias. No entanto, os lucros com o
tráfico de escravos e as plantações das Índias Ocidentais, a mais rentável das
colônias britânicas naquele momento representava apenas 5% de toda a economia
do Império Britânico no final do século XVIII, tempo da Revolução Industrial.
Iluminismo:
A partir do início deste período, o capitalismo substituía o
feudalismo como principal forma de organização econômica, ao menos no oeste da
Europa. A expansão das fronteiras coloniais resultou numa Revolução Comercial.
Nota-se no período o crescimento da ciência moderna e a aplicação de suas
descobertas em melhorias tecnológicas, que culminaram com a revolução
Industrial. Descobertas ibéricas do Novo Mundo, que começaram com a jornada de
Cristóvão Colombo ao oeste com a busca de uma rota fácil para as Índias
Orientais em 1492, foram logo adaptadas por explorações inglesas e francesas na
América do Norte. Novas formas de comércio e a expansão dos horizontes fizeram
necessária uma mudança no direito internacional.
A reforma protestante produziu efeitos profundos na unidade européia.
Não apenas dividindo as nações uma das outras pela sua orientação religiosa,
mas alguns estados foram afetado internamente por lutas religiosas, fortemente
encorajadas por seus inimigos externos. A França viveu essa situação no século
XVI com uma série de conflitos, como as guerras religiosas na França, que
culminaram no triunfo da Dinastia Bourbon. A Inglaterra preveniu-se desse fato
com a consolidação sob a Rainha Elizabeth do moderado Anglicanismo. Quase toda
a parte da atual Alemanha estava dividida em inúmeros estados sob o comando
teórico do Sacro Império Romano Germânico, que também estava dividido dentro do
próprio governo. A única exceção a isso era a Comunidade Polaco-Lituana, uma
união criada pela União de Lublin, expressando uma grande tolerância religiosa.
Esse embate religioso aconteceu até à Guerra dos Trinta Anos quando o
nacionalismo substituiu a religião como principal motor dos conflitos na Europa.
A Guerra dos Trinta Anos aconteceu entre 1618 e 1648,38 principalmente
no território da atual Alemanha, e envolveu as principais potências européias.
Começou como um conflito religioso entre Protestantes e Católicos no Sacro
Império Romano Germânico, e gradualmente desenvolveu-se numa guerra geral,
envolvendo boa parte da Europa, por razões não necessariamente ligadas à
religião. O maior impacto da guerra, na qual exércitos de mercenários foram
largamente utilizados, foi a devastação de regiões inteiras na busca do
exército inimigo. Episódios como a disseminação da fome e das doenças
devastaram a população dos estados germânicos e, em menor grau, dos Países
Baixos e da Itália, onde levaram à falência muito dos poderes regionais
envolvidos. Entre um quarto e um terço da população alemã pereceu por causas
diretamente ligadas à guerra ou ainda de doenças e miséria causadas pelo
conflito armado. A guerra durou trinta anos, mas os conflitos que ela deu
início ainda continuaram sem solução por muito tempo.
Depois da Paz de Vestfália, que permitiu aos países que eles
escolhessem a sua orientação religiosa, o Absolutismo tornou-se o padrão do
continente, enquanto a Inglaterra caminhava rumo ao liberalismo com a Guerra
Civil Inglesa e a Revolução Gloriosa. Os conflitos militares na Europa não
acabaram, mas tiveram menos impacto na vida dos seus cidadãos. No noroeste, o
Iluminismo deu a base filosófica para um novo ponto de vista na sociedade, e a
contínua difusão da literatura foi possível com a invenção da prensa, criando
novas formas de avanço do pensamento humano. Ainda, nesse segmento, a
Comunidade Polaco-Lituana foi uma exceção, com a sua quase democrática
"liberdade dourada".
A Europa Oriental era uma arena de conflito disputada pela
Suécia, Comunidade Polaco-Lituana e Império Otomano. Nesse período observou-se
um gradual declínio destes três poderes que foram eventualmente substituídos
pelas novas monarquias absolutistas, Rússia, Prússia e Áustria. Na virada para
o século XIX, eles tornaram-se as novas potências, dividindo a Polônia entre
si, com Suécia e Turquia perdendo territórios substanciais para a Rússia e a
Áustria respectivamente. Uma grande parte de judeus polacos/poloneses emigrou
para a Europa Ocidental, fundando comunidades judaicas em lugares de onde foram
expulsos durante a Idade Média.
Idade Contemporânea:
A intervenção
francesa na Guerra de Independência dos EUA levou o estado francês à falência.
Depois de diversas tentativas falhas de uma reforma financeira, Luís XVI foi
forçado a reavivar a Assembléia dos Estados Gerais, um corpo representativo do
país feito pelas três classes do estado: o clero, os nobres e o povo. Os
membros dos Estados-Gerais reuniram-se no Palácio de Versalhes em maio de 1789,
mas o debate e a forma de votação que seria usada criaram um impasse. Veio
junho, e o terceiro estado, associado a membros dos dois outros estados,
declarou-se uma Assembléia Nacional e prometeu não se dissolver até que França
tivesse uma constituição e criasse, em julho, uma Assembléia Nacional
Constituinte. No mesmo tempo, os parisienses revoltaram-se, celebremente
derrubando a prisão da Bastilha em 14 de julho de 1789.
Nesse tempo, a assembléia criou uma monarquia
constitucional, e nos dois anos que se passaram várias leis foram criadas como
a Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão, a abolição do feudalismo e uma
mudança fundamental das relações entre a França e Roma. No início, o rei
continuou no trono ao longo dessas mudanças e gozou de uma popularidade
razoável com o povo, mas a anti-realeza crescia com o perigo de uma invasão
estrangeira. Então o rei, sem poderes, decidiu fugir com a sua família, mas ele
foi reconhecido de volta a Paris. Em 12 de janeiro de 1793, sendo condenada a
sua traição, ele foi executado.
Em 20 de setembro de 1792, a convenção nacional aboliu a
monarquia e declarou a França uma república. Devido à iminência das guerras, a
convenção nacional criou o Comitê de Salvação Pública controlado por Maximilien
Robespierre do Partido dos Jacobinos, para atuar como executivo do país. Sob
Robespierre o comitê iniciava o Reino do terror, no qual cerca de 40 000
pessoas foram executadas em Paris, na maioria nobres, apesar de, freqüentemente,
faltarem evidências. Por todo o país, insurreições contra-revolução foram
brutalmente reprimidas. O regime foi posto abaixo no golpe de 9 Termidor (27 de
Julho de 1794) e Robespierre foi executado. O regime que se seguiu acabou com o
Terror e afrouxou a maioria das regras extremas de Robespierre.
Napoleão Bonaparte foi o general francês que mais obteve
sucesso nas guerras da Revolução, tendo conquistado grandes porções da
península Itálica e forçado os austríacos à paz. Em 1799, retornou do Egito e
em 18 de Brumário (9 de Novembro) subjugou o governo, substituindo-o pelo seu
Consulado, do qual tornou-se o primeiro Cônsul.44 Em 2 de Dezembro de 1804,
depois duma tentativa de assassinato, ele coroou-se imperador. Em 1805, Napoleão
planeou invadir a Grã-Bretanha, mas a recém-criada aliança entre britânicos,
russos e austríacos (Terceira Coalizão) forçou-o a direcionar a atenção para o
continente, quando ao mesmo tempo ele tinha falhado em desviar a Armada
Superior Britânica para longe do Canal da Mancha, ocasionando uma decisiva
derrota francesa na batalha de Trafalgar em 21 de outubro, e colocando um fim
às suas esperanças de invadir a Grã-Bretanha. Em 2 de dezembro de 1805,
Napoleão derrotou o exército austro-russo, numericamente superior, em
Austerlitz, forçando a Áustria desistir da coalizão e levando à fragmentação do
Sacro Império Romano Germânico.44 Em 1806, a Quarta coalizão foi formada; em 14
de Outubro Napoleão derrotou os prussianos na Batalha de Jena-Auerstedt, marchando
através da Alemanha e derrotando os russos em 14 de junho de 1807 em Friedland.
Os Tratados de Tilsit dividiram a Europa entre França e Rússia e criaram o
Ducado de Varsóvia.
Em 12 de junho de 1812, Napoleão invadiu a Rússia com a sua
Grande Armée de aproximadamente 700 000 soldados. Após as vitórias em Smolensk
e Borodino, Napoleão ocupou Moscou, apenas para encontrá-la queimada pelo
exército russo em retirada. Assim, ele foi forçado a bater com seu exército em
retirada. Na volta o seu exército foi arrasado pelos cossacos e sofreu de
doenças, fome e com o rigoroso inverno russo. Apenas 20 000 soldados
sobreviveram a essa campanha. Em 1813, começou o declínio de Napoleão, sendo
derrotado pelo Exército das Sete Nações na Batalha de Leipzig em outubro de
1813. Ele foi forçado a abdicar depois da Campanha dos Seis Dias e a ocupação
de Paris. Sob o Tratado de Fontainebleau ele foi exilado na Ilha de Elba.
Retornou à França em 1 de março de 1815 e convocou um exército leal, mas foi
compreensivelmente derrotado por forças britânicas e prussianas na Batalha de
Waterloo em 18 de junho de 1815.
A formação das nações
e dos impérios:
Depois da derrota da revolucionária França, outras grandes
forças tentaram restaurar a situação existente antes de 1789. Em 1815, no
Congresso de Viena, as maiores forças da Europa organizaram-se para produzir um
pacífico equilíbrio de poder entre os impérios depois das Guerrras Napoleónicas
(embora estivessem ocorrendo movimentos internos revolucionários) sob o sistema
de Matternich. Entretanto, os seus esforços foram incapazes de parar a
propagação de movimentos revolucionários: a classe média foi profundamente
influenciada pelos ideais de democracia da Revolução Francesa, a revolução
Industrial trouxe importantes mudanças socioeconômicas, as classes baixas
começaram a ser influenciadas pelas idéias socialistas, comunistas e
anarquistas (especialmente unidas por Karl Marx no Manifesto Comunista),46 e a
preferência dos novos capitalistas era o liberalismo.
Uma nova onda de instabilidade veio da formação de diversos
movimentos nacionalistas (na Alemanha, Itália, Polônia, etc.), buscando uma
unidade nacional e/ou liberação do domínio estrangeiro. Como resultado, o
período entre 1815 e 1871 foi palco de um grande número de conflitos e guerras
de independência. Napoleão III, sobrinho de Napoleão I, retornou do exílio na
Inglaterra em 1848 para ser eleito pelo parlamento francês, como o então
"Presidente-Príncipe" e num golpe de estado eleger-se imperador,
aprovado depois pela grande maioria do eleitorado francês. Ele ajudou na
unificação da Itália lutando contra o Império Austríaco e lutou a Guerra da
Crimeia com a Inglaterra e o Império Otomano contra a Rússia. Seu império ruiu
depois duma infame derrota para a Prússia, na qual ele foi capturado. A França
então se tornou uma fraca república que recusava-se a negociar e foi derrotada
pela Prússia em poucos meses. Em Versalhes, o Rei Guilherme I da Prússia foi
proclamado Imperador da Alemanha e a Alemanha moderna nasceu. Mesmo que a
maioria dos revolucionários tenha sido derrotada, muitos estados europeus
tornaram-se monarquias constitucionais, e em 1871 Alemanha e Itália se
desenvolveram em estados-nação. Foi no século XIX também que se observou o
Império Britânico emergir como o primeiro poder global do mundo devido, em
grande parte, à Revolução Industrial e a vitória nas Guerras Napoleónicas.
A paz iria apenas durar até que o Império Otomano declinasse
suficientemente para se tornar alvo de outros. Isso incitou a Guerra da Crimeia
em 1854, e começou um tenso período de pequenos conflitos entre as nações
dominantes da Europa que deram o primeiro passo para a posterior Primeira
Guerra Mundial. Isso mudou uma terceira vez com o fim de várias guerras que
transformaram o Reino da Sardenha e o Reino da Prússia nas nações da Itália e
da Alemanha, mudando significativamente o balanço do poder na Europa. A partir
de 1870, a hegemonia Bismarquiana na Europa pôs a França em uma situação
crítica. Ela devagar reconstruiu suas relações internacionais, buscando
alianças com a Grã-Bretanha e Rússia, para controlar o crescente poder da
Alemanha sobre a Europa. Desse modo, dois lados opostos se formaram na Europa,
incrementando suas forças militares e suas alianças ano a ano.
Revolução Industrial:
A Revolução Industrial foi um período compreendido entre o
fim do século XVIII e o começo do século XIX, no qual ocorreram grandes
mudanças na agricultura, manufatura e transporte e foi produzido um profundo
efeito socioeconômico e cultural na Grã-Bretanha, que posteriormente se
espalhou por toda a Europa, América do Norte, e depois para todo o mundo, num
processo que ainda continua: a Industrialização. Na parte final dos anos de
1700 a economia baseada na força manual no Reino da Grã-Bretanha começou a ser
substituída por outra dominada pela indústria e pelas máquinas. Começou com a
mecanização das indústrias têxteis, o desenvolvimento de técnicas avançadas de
produção de ferro e o aumento do uso de carvão refinado. A expansão do comércio
foi possibilitada com a introdução de canais, rodovias e auto-estradas. A
introdução das máquinas a vapor (abastecidas primeiramente com carvão) e
maquinaria bruta (principalmente na manufatura têxtil) deram a base para
grandes aumentos na capacidade produtiva inglesa. O desenvolvimento de máquinas
de ferramentas nas duas primeiras décadas do século XIX facilitou a produção de
mais máquinas para serem utilizadas noutras indústrias. Durante o século XIX, a
industrialização se alastrou pelo resto da Europa Ocidental e América do Norte,
afetando posteriormente grande parte do mundo.
Guerras mundiais:
Depois da relativa paz na maior parte do século XIX, a
rivalidade entre as potências européias explodiu em 1914, quando a Primeira
Guerra Mundial começou. Mais de 60 milhões de soldados europeus foram
mobilizados entre 1914 e 1918.55 De um lado estavam Alemanha, Áustria-Hungria,
o Império Otomano e a Bulgária (Poderes Centrais/Tríplice Aliança), enquanto
que no outro lado estavam a Sérvia e a Tríplice Entente – a elástica coligação
entre França, Reino Unido e Rússia, que ganhou a participação da Itália em 1915
e dos Estados Unidos em 1917. Embora a Rússia tenha sido derrotada em 1917 (a
guerra foi uma das maiores causas da Revolução Russa, levando à formação da
comunista União Soviética), a Entente finalmente prevaleceu no outono de 1918.
No Tratado de Versalhes (1919) os vencedores impuseram
severas condições à Alemanha e aos novos estados reconhecidos (tais como
Polónia, Checoslováquia, Hungria, Áustria, Jugoslávia, Finlândia, Estónia,
Letónia, Lituânia) criados na Europa Central a partir dos extintos impérios
Alemão, Austro-Húngaro e Russo, supostamente na base da auto-definição. A
maioria desses países entraria em guerras locais, sendo a maior delas a Guerra
Polaco-Soviética (1919-1921). Nas décadas seguintes, o medo do comunismo e a
Grande Depressão (1929-1943) levaram grupos extremistas nacionalistas - sob a
categoria do fascismo – na Itália (1922), Alemanha (1933), Espanha (depois da
guerra civil, terminada em 1939) e em outros países como a Hungria.
Depois de aliar-se com a Itália de Mussolini no Pacto de Aço
e assinar o pacto de não-agressão com a União Soviética, o ditador alemão Adolf
Hitler começou a Segunda Guerra Mundial em 1° de Setembro de 1939 invadindo a Polônia,
depois de uma expansão militar ocorrida no final da década de 1930. Após
sucessos iniciais (principalmente a conquista do oeste da Polônia, grande parte
da Escandinávia, França e os Bálcãs antes de 1941), as forças do Eixo começaram
a enfraquecer-se em 1941. Os principais oponentes ideológicos de Hitler eram os
comunistas da Rússia, mas por causa da falha alemã em derrotar o Reino Unido e
das falhas italianas no norte da África e no Mediterrâneo, as forças do Eixo se
resumiram à Europa Ocidental, Escandinávia, além de ataques a África. O ataque
feito posteriormente à União Soviética (que junto com a Alemanha dividiu a
Europa central em 1939-1940) não foi feito com a força necessária. Apesar de um
sucesso inicial, o exército alemão foi parado perto de Moscou em dezembro de
1941.
Apenas no ano seguinte é que o avanço alemão seria parado e
eles começariam a sofrer uma série de derrotas, como por exemplo, nas batalhas
de Stalingrado e Kursk. Nesse ínterim, o Japão (aliado de Alemanha e Itália
desde setembro de 1940) atacou os britânicos no Sudeste Asiático e os Estados
Unidos no Havaí em 7 de Dezembro de 1941; a Alemanha então completou a sua
expansão declarando guerra aos Estados Unidos. A guerra aumentou a tensão entre
o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e os Aliados (Reino Unido, União Soviética e
os Estados Unidos). As forças Aliadas venceram no norte da África e invadiram a
Itália em 1943, e a ocupada França em 1944. Na primavera de 1945, a Alemanha
foi invadida pelo leste pela União Soviética e pelo oeste pelos Aliados; Hitler
cometeu suicídio e a Alemanha se rendeu no começo de maio acabando com a guerra
na Europa.
O período foi marcado também por um industrializado e
planeado genocídio de mais de 11 milhões de pessoas, incluindo a maioria dos
judeus da Europa e ciganos, assim como milhões de polacos e eslavos soviéticos.
O sistema soviético de trabalho forçado, as expulsões da população da União
Soviética e a grande fome da Ucrânia tiveram semelhante carga de mortes.
Durante e depois da guerra, milhões de civis foram afetados pelas forçadas
transferências da população.
Guerra Fria:
A Primeira e especialmente a Segunda Guerra Mundial acabaram
com a preponderante posição da Europa Ocidental. O mapa do continente foi
redesenhado na Conferência de Yalta56 e dividido se tornou a principal zona de
contenção na Guerra Fria entre dois blocos, os países ocidentais e o bloco
Oriental. Os Estados Unidos e a Europa Ocidental (Reino Unido, França, Itália,
Países Baixos, Alemanha Ocidental, etc.) estabeleceram a aliança da OTAN como
proteção contra uma possível invasão soviética. Depois, a União Soviética e o
Leste Europeu (Polônia, Checoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária e Alemanha
Oriental) estabeleceram o Pacto de Varsóvia como proteção contra uma possível
invasão dos Estados Unidos.
Na mesma época, a Europa Ocidental lentamente começou um
processo de integração política e econômica, desejando um continente unido e
integrado para prevenir outra guerra. Esse processo resultou naturalmente no
desenvolvimento de organizações como a União Europeia e o Conselho da Europa. O
movimento Solidarność que aconteceu na década de 1980 enfraqueceu o governo
comunista na Polônia, foi o começo do fim do domínio comunista na Europa
Oriental e o declínio da União Soviética. O líder soviético Mikhail Gorbachev
instituiu a Perestroika e a Glasnost, que enfraqueceram oficialmente a
influência soviética na Europa Oriental. Os governos que davam suporte aos
soviéticos entraram em colapso e a Alemanha Ocidental anexou a Oriental em
1990. Em 1991, a própria União Soviética ruiu, dividindo-se em 15 estados, com
a Rússia tomando o lugar da União Soviética no Conselho de Segurança da ONU.
Entretanto, a separação mais violenta aconteceu na Jugoslávia, nos Bálcãs.
Quatro (Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegóvina e Macedônia) das seis
repúblicas iugoslavas declararam independência e para a maioria delas uma
violenta guerra se seguiu, em algumas partes até 1995. Em 2006, Montenegro se
separou e declarou independência, seguido por Kosovo, formalmente uma província
autônoma da Sérvia, em 2008, e descaracterizando completamente o antigo mapa da
Iugoslávia. Na era pós-guerra fria, OTAN e a União Européia foram gradualmente
admitindo a maioria dos antigos estados membros do Pacto de Varsóvia.
Reunificação e
integração:
Em 1992, o Tratado de Maastricht foi assinado pelos então
membros da União Européia. Isso transformou o "Projeto Europeu" de
ser uma comunidade econômica com certos aspectos políticos, numa união com uma
intensa cooperação e prosperidade baseada numa união de soberanias nacionais.59
Em 1985, o Acordo de Schengen criou uma área sem fronteiras e sem controle de
passaporte entre os estados que o assinaram.
Uma moeda comum para a maioria dos estados membros da União Européia,
o euro, foi estabelecida eletronicamente em 1999,63 oficialmente partilhando
todas as moedas de cada participante com os outros. A nova moeda foi posta em
circulação em 2002 e as velhas foram retiradas dos mercados. Apenas três países
dos quinze estados membros decidiram não aderir ao euro (Reino Unido, Dinamarca
e Suécia). Em 2004, a UE deu ordem à sua maior expansão, admitindo 10 novos
membros (oito dos quais antigos estados comunistas). Outros dois ingressaram no
grupo em 2007, num total de 27 nações.
Um tratado estabelecendo uma constituição para a UE foi
assinado em Roma em 2004, com a intenção de substituir todos os antigos
tratados com apenas um só documento. Entretanto, a sua ratificação nunca foi
feita devido à rejeição de franceses e holandeses, via referendo. Em 2007,
concordou-se em substituir aquela proposta com um novo tratado reformado, o
Tratado de Lisboa, que iria entrar como uma emenda em vez de substituir os
tratados existentes. Esse tratado foi assinado em 13 de dezembro de 2007 e
entraria em vigor em janeiro de 2009, se ratificado até essa data. Isso daria à
União Européia seu primeiro presidente e ministro de relações exteriores.
Os Bálcãs são a parte da Europa que mais deseja aderir à
União Européia, com a Croácia notadamente esperando ser aceite antes de 2010.
Resumão: Continente Europeu (parte 2.)...
Línguas
As línguas europeias pertencem principalmente a três grupos
de Línguas indo-europeias: as línguas românicas, derivadas da língua latina do
Império Romano, as línguas germânicas, cujos ancestrais vieram de língua do sul
da Escandinávia, e as línguas eslavas.91 Apesar de ter a maioria de seu
vocabulário descendente de línguas românicas, o idioma Inglês é classificado
como uma língua germânica.
As línguas românicas são faladas principalmente no sudoeste
da Europa, bem como na Roménia e na Moldávia. As línguas germânicas são faladas
no noroeste da Europa e algumas partes da Europa Central. As línguas eslavas
são faladas na Europa Central, Oriental e sudeste da Europa.
Muitas outras línguas fora dos três grupos principais grupos
existem na Europa. Outras línguas indo-europeias incluem o grupo do Báltico
(ie, Letã e Lituana), o grupo Céltico (ie, Irlandês, Gaélico Escocês, Manês,
Galês, Córnico e Bretão),91 Grego, Albanês, e Arménio. Um grupo diferente de
línguas urálicas são o Estónio, Finlandês e Húngaro, falado nos
respetivos/respectivos países, bem como em partes da Roménia, Rússia, Sérvia e
Eslováquia.
Outras línguas não indo-europeias são o maltês (a única
língua oficial semita da UE), o Basco, Geórgio, Azerbaijão, Turco no leste da
Trácia Oriental e as línguas das nações minoritárias na Rússia.
O multilinguismo e a proteção das línguas regionais e
minoritárias são objetivos políticos reconhecidos na Europa de hoje. A
Convenção para a Protecção das Minorias Nacionais e a Carta Europeia das
Línguas Regionais ou Minoritárias do Conselho da Europa estabelecem um quadro
jurídico para os direitos linguísticos na Europa.
Política
União Européia.
Uma união constituída por mais de uma dezena de países, que
fazem transações comerciais utilizando uma moeda única - Euro - e cujos
interesses são representados por instituições comuns. Essa nova Europa começou
a ganhar corpo em dezembro de 1991, quando os 12 países-membros da União
Europeia concluíram o Tratado de Maastricht, que objetivava a união política,
económica/econômica e monetária dos participantes, sem fechar espaço para novas
adesões.
Através desse acordo, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha,
França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal e Reino
Unido iniciaram a caminhada da integração europeia. Áustria, Finlândia e Suécia
são uns dos mais novos membros e vários outros países já entraram com seu
pedido de adesão.
A reunião na cidade neerlandensa de Maastricht - que, em
dezembro de 1991, consolidou a formação da União Europeia - representou um
capítulo de várias etapas, cujas iniciativas pioneiras surgiram logo após a
Segunda Guerra Mundial.
BENELUX (België/Belgique, Nederland e Luxembourg) -
Países-membros: Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo.
Foi a primeira organização (1948) e tornou-se modelo e
estímulo para as demais. Visava ao desenvolvimento econômico dos três
países-membros e à ampliação do comércio entre eles.
CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço) -
Países-membros: os integrantes do BENELUX e mais Alemanha, Dinamarca, França,
Reino Unido e Itália.
Primeira entidade que, já em 1951, reunia vencedores e
vencidos da Segunda Guerra Mundial, a CECA tinha como objetivo principais a
livre circulação de ferro, carvão, aço e outros minerais no interior da
comunidade. Através da redução dos gastos com transportes e das tarifas
alfandegárias, facilitava-se o escoamento daqueles produtos, essenciais à
industrialização.
AELC (Associação Europeia de Livre Comércio) -
Países-membros: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça (países da Europa
Ocidental).
Criada em 1960, a AELC objetivava a eliminação de tarifas
internacionais sobre produtoss industrializados e negociação de acordos
bilaterais sobre produtos agrícolas. Era prevista a unificação da AELC com a
União Europeia a partir de 1995, mas a Islândia, a Noruega e a Suíça decidiram
ficar de fora. A união dos dois blocos receberia o nome de Espaço Econômico Europeu
ou Área Econômica Europeia.
A Comunidade Económica Europeia (CEE) ou Mercado Comum
Europeu (MCE) foi o embrião da atual União Europeia (UE). Seus países membros
são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia,
Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia.
Quando de sua formação, em 1957, a entidade era constituída
apenas por Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Em
1973, ingressaram a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido; em 1981, a Grécia, e
em 1986, Espanha e Portugal. Em 1995, a chamada Europa dos Doze cresceu ainda
mais, ganhando a adesão de Áustria, Finlândia e Suécia.
A partir de 1994, os países-membros da Comunidade Económica
Europeia, que adotou então o nome de União Europeia, se integrariam para formar
um mercado único, em que seriam abolidos os sistemas alfandegários e as
diferentes taxas de impostos, além das restrições ao comércio, serviços e à
circulação de capitais. Isso significaria, entre outras coisas, que os
habitantes da União Europeia teriam trânsito livre em todos os países-membros,
inclusive para trabalho; os impostos seriam aos poucos unificados e haveria
livre acesso às mercadorias e serviços de todos os países-membros dentro da
comunidade.
Desde 1995, para facilitar a circulação de pessoas por
alguns países da União Europeia, entrou em vigor um acordo entre Portugal,
Espanha, França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo e Alemanha para eliminar as
barreiras alfandegárias e a obrigação da apresentação do passaporte entre esses
países. Essa área recebeu o nome de Espaço Schengen, tirado da cidade
luxemburguesa onde o acordo foi assinado.
No sentido da integração económica/econômica, outro passo
importante seria a utilização de uma moeda comum. O ECU (European Currency
Unity ou Unidade Monetária Europeia) circula, desde 1993, como padrão em
operações financeiras e, apesar da discordância de alguns membros, pretendeu-se
que, gradualmente, ele fosse adotado nas operações cotidianas até 1999, quando
o Euro entrou em vigor como moeda escritural e como moeda oficial desde 2002.
Todos os países que integram a União Europeia apresentam
economia desenvolvida, ainda que existam diferenças extraordinárias entre eles,
como entre Irlanda e Alemanha, por exemplo, ou Grécia e Dinamarca. A meta, no
entanto, é reduzir esses contrastes, tornando a comunidade cada vez mais
homogénea/homógena/homogênea.
Apesar das metas em comum, há divergências entre os
países-membros da União Europeia e são frequentes os atritos e necessários os
ajustes para garantir a execução de tais metas. O ano de 1994 foi de provas
para a integridade da União Europeia, já que ocorreram, nos países, plebiscitos
para ratificar seus objetivos e confirmar ou não a adesão à União. Na Dinamarca
e no Reino Unido, as opiniões estavam muito divididas, mas o apoio à comunidade
prevaleceu. Na Noruega, entretanto, sua população decidiu não ingressar na
União Europeia, apesar da solicitação de adesão feita anteriormente.
Outras organizações.
Os países europeus ocidentais estão vinculados a importantes
organizações que agregam países de outros continentes, como a OTAN e a OECD.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), criada
em 1949, tem caráter militar. Além de países europeus, inclui outros dois
banhados pelo oceano Atlântico Norte: Canadá e Estados Unidos. Seu objetivo
fundamental é a cooperação militar e a defesa de seus membros, no caso de
agressâo internacional.
Com o fim da Guerra Fria, o papel da OTAN tem estado em
segundo plano. A aliança assumiu um caráter preponderantemente político em
1990, desenvolvendo o papel de resolver crises localizadas. Vários países do
Leste Europeu solicitaram o ingresso à OTAN.
A OECD (Organization for Economic Cooperation and
Development ou Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) foi
estabelecida em 1961 para promover bem-estar econômico e social entre seus
membros e harmonizar a qualidade de vida nos países em desenvolvimento. Além de
18 países europeus, engloba também Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia e
Estados Unidos.
Regiões.
De acordo com os pontos de vista espacial e económico,
podemos dividir o continente em: Europa Ocidental, Europa Setentrional, Europa
Centro-Oriental e Europa Meridional. Sendo:
Europa Ocidental: região que abrange alguns dos chamados
países atlânticos, ou seja, banhados pelo oceano Atlântico (Reino Unido,
Irlanda e França); os que mantêm relação direta com o Atlântico através do mar
do Norte: Países Baixos, Bélgica e Alemanha; e os países sem saída para o mar,
mas que estão direta ou indiretamente vinculados ao Ocidente (Áustria, Suíça,
Luxemburgo e Liechtenstein).
Europa Setentrional: região que engloba a Noruega e a
Suécia, localizadas na península Escandinava, além da Finlândia, Islândia e
Dinamarca; abrange também a Estônia, Letônia e Lituânia, que a partir de 1990
se tornaram independentes da então União Soviética. A inclusão desses países na
região justifica-se por motivos económicos e pela sua proximidade étnica e
cultural com os finlandeses.
Europa Centro-Oriental: É formada pelo conjunto dos antigos
países socialistas do Leste - Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria,
Roménia, Bulgária, Albânia, Sérvia, Montenegro, Kosovo, Eslovénia, Croácia,
Bósnia e Herzegovina e Macedónia - e pelas repúblicas que constituíam a antiga
União Soviética, em sua parte europeia: Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia,
Geórgia, Arménia, Azerbaijão e Rússia Europeia.
Europa Meridional: região que, também chamada de
mediterrânea, compreende os países situados no sul do continente, quase todos
banhados pelo mar Mediterrâneo: Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Turquia
europeia, além de vários micro-estados - Vaticano, San Marino, Mónaco, Malta e
Andorra.
Economia.
Como um continente, a economia da Europa é atualmente a
maior do planeta e é a região mais rica como medido por ativos sob gestão, com
mais de 32,7 trilhões de dólares em relação ao 27,1 trilhões de dólares da
América do Norte. Tal como acontece com outros continentes, a Europa tem uma
grande variação da riqueza entre os seus países. Os países mais ricos tendem a
estar no Ocidente, enquanto algumas das economias do Leste ainda estão
emergindo do colapso da União Soviética e da Iugoslávia.
A União Europeia, um organismo intergovernamental composto
por 27 estados europeus, compreende o maior espaço económico/econômico único no
mundo. Atualmente, para 16 países da UE, o euro é a moeda comum. Cinco países
europeus classificam-se entre as dez maiores economias nacionais do mundo por
PIB (PPC). Isso inclui (classifcação de acordo com a CIA): Alemanha (5), Reino
Unido (6), Rússia (7), França (8) e Itália (10).
Pré-1945: crescimento industrial
O capitalismo tem sido dominante no mundo ocidental desde o fim
do feudalismo.102 Da Grã-Bretanha, que gradualmente se espalhou pela Europa.103
A Revolução Industrial começou na Europa, mais concretamente ao Reino Unido no
final do século XVIII,104 e no século XIX impulsionou a industrialização da
Europa ocidental. Economias foram interrompidas pela Primeira Guerra Mundial,
mas até o início da Segunda Guerra Mundial já tinham se recuperado e estavam
tendo que competir com a crescente força económica dos Estados Unidos. A
Segunda Guerra Mundial, novamente, danificados muito as indústrias europeias.
1945-1990: A Guerra Fria
Após a Segunda Guerra Mundial, a economia do Reino Unido
estava em estado de ruína,105 e continuou a sofrer um relativo declínio
econômico nas décadas seguintes.106 A Itália também estava em má condição
económica/econômica, mas recuperou um elevado nível de crescimento na década de
1950. A Alemanha Ocidental recuperou-se rapidamente e dobrou a produção de
níveis pré-guerra na década de 1950.107 A França também organizou um retorno
notável a um crescimento rápido e a modernização e, mais tarde a Espanha, sob a
liderança de Franco, também recuperou-se, e a nação obteve um enorme
crescimento econômico sem precedentes no início da década de 1960, em que é
chamado de milagre espanhol.108 A maioria dos estados da Europa Oriental ficou
sob o controle da URSS e, portanto, eram membros do Conselho para Assistência
Econômica Mútua (COMECON).
Os estados que mantiveram um sistema de livre mercado foram
agraciados com uma grande quantidade de ajuda dos Estados Unidos ao abrigo do
Plano Marshall. Os Estados ocidentais mudaram para ligar as suas economias em
conjunto, fornecendo a base para a UE e o aumento do comércio transfronteiriço.
Isso ajudou-os a desfrutar de uma rápida melhora de suas economias, enquanto os
estados da COMECON estavam lutando em grande parte devido ao custo da Guerra
Fria. Até 1990, a Comunidade Europeia foi ampliado de 6 para 12 membros
fundadores. A ênfase na ressurreição da economia da Alemanha Ocidental levou a
ultrapassagem do Reino Unido como a maior economia da Europa.
1991-2007: O crescimento da UE
Com a queda do comunismo na Europa Oriental, em 1991, os
estados do Leste tiveram de se adaptar a um sistema de mercado livre. Havia
vários graus de sucesso com os países centro-europeus, como Polónia, Hungria e
Eslovénia, que se adaptaram razoavelmente rápido, enquanto estados do Leste
como a Ucrânia e a Rússia, estão levando muito mais tempo. A Europa Ocidental
ajudou a Europa Oriental, formando laços económicos/econômicos.
Após o Leste e o Oeste da Alemanha se reunirem em 1990, a
economia da Alemanha Ocidental, apoiou a reconstrução da infra-estrutura da
Alemanha Oriental. A Jugoslávia mostrou um atraso maior, sendo devastada pela
guerra e em 2003 ainda havia muitas tropas de paz da e da OTAN no Kosovo, na
República da Macedónia, na Bósnia e Herzegovina, sendo apenas a Eslovénia que
conseguiu fazer algum progresso real.
Na mudança do milênio, a União Europeia dominou a economia
da Europa, que inclui os cinco maiores economias europeias da época a Alemanha,
Reino Unido, França, Itália e Espanha. Em 1999, 12 dos 15 membros da UE
aderiram à zona do euro substituindo suas antigas moedas nacionais pelo euro
comum. Os três que optaram por permanecer fora da zona euro, foram: Reino
Unido, Dinamarca e Suécia.
2008-2009: Recessão
A zona do euro entrou em sua primeira recessão oficial no
terceiro trimestre de 2008, os números oficiais confirmados em janeiro de 2009.
A crise econômica do final dos anos 2000, que teve início nos Estados Unidos,
propagou-se de forma rápida para a Europa e afetou grande parte da região. A
taxa de desemprego oficial nos 16 países que usam o euro subiu para 9,5% em
maio de 2009.113 Os jovens trabalhadores da Europa têm sido especialmente
atingidos. No primeiro trimestre de 2009, a taxa de desemprego na UE-27 para
pessoas entre 15-24 anos foi de 18,3%.
Cultura.
A cultura europeia pode ser melhor descrita como uma série
de culturas sobrepostas e que envolve questões de Ocidente contra Oriente e
Cristianismo contra Islã. Existem várias linhas de ruptura culturais através do
continente e movimentos culturais inovadores discordam uns dos outros. Assim,
uma "cultura comum européia" ou "valores comuns europeus",
é algo cuja definição é mais complexa do que parece.
Desporto.
Na Europa pratica-se uma considerável quantidade de
modalidades desportivas. O desporto mais popular é o futebol, representado pela
UEFA. O torneio mais importante de seleções é o Campeonato Europeu de Futebol,
enquanto que o de clubes é a Liga dos Campeões da UEFA. Em relação ao
Campeonato do Mundo de Futebol, em dez edições países europeus sediaram o
evento, e em dez seleções de países europeus venceram o torneio.
sábado, 8 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Videos sobre o Planeta Terra...
O vídeo de geografia e o de história sobre a construção do planeta.
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